Técnicos do Instituto Médico Legal começam operação padrão a partir de hoje
Manifestação realizada no dia 28/5 em frente à residência oficial do governador |
Os técnicos do Instituto Médico Legal (IML) do Distrito Federal entraram nesta quinta-feira (28/6) em operação padrão. Segundo um dos diretores da Associação dos Técnicos em Necrópsia do Instituto Médico Legal (Asten), Diógenes Alves de Morais, os técnicos não estavam mais conseguindo fazer o trabalho da forma estabelecida pelas normas da profissão por falta de trabalhadores. Eles podem fazer uma paralisação a qualquer momento.
A operação segue uma série de regras estabelecidas em uma cartilha da categoria como forma de reivindicar a nomeação de 50 concursados. Morais explicou a situação de trabalho dos técnicos e disse que os trabalhadores estão sobrecarregados. Segundo ele, o IML funcionará da seguinte forma a partir de agora:
Como era antes da operação padrão
"Com apenas um técnico para realizar os exames nos corpos, já houve dias em que apenas um funcionário realizou exames em seis corpos seguidos sem intervalos para descanso", argumentou. "Os agentes funerários não são autorizados a entrar na sala das geladeiras onde ficam armazenados os corpos, mas por falta de pessoal eles muitas vezes precisavam entrar para ajudar o técnico a carregar o corpo", disse o diretor.
Como fica com a operação padrão
Segundo as normas da categoria, a prioridade sempre deve ser a remoção de corpos. Dessa forma, seguindo a cartilha que orienta o mínimo de dois técnicos para fazer o recolhimento. Se houver a necessidade, exames de necropsia serão interrompidos para liberar profissionais que possam recolher o corpo da forma adequada, sem sujeitar as famílias das vítimas a desconfortos.
"Caso o corpo esteja em um hospital, todos os exames pendentes de necropsia serão realizados antes de o recolhimento ser feito. Além disso, entre um exame e outro, os técnicos devem fazer um descanso de 20 minutos", explicou Morais.
Os agentes funerários não poderão entrar na sala das geladeiras. Caso falte pessoal para realizar a entrega, exames serão interrompidos para possibilitar a liberação do corpo. As outras atividades devem continuar normalmente.
Consequências
Todas essas medidas devem atrasar o resultado dos exames e a liberação dos corpos. O diretor ainda fez questão de ressaltar que a reivindicação é pensando na melhoria do serviço. "Não é uma penalização à população do Distrito Federal. Precisamos dessas 50 pessoas aqui para fazer o nosso trabalho."
Fonte: www.correiobraziliense.com.br