São Paulo: Transporte de corpo demora até 11 horas por falta de veículos |
A família de uma pessoa que morre em casa na
cidade de São Paulo pode esperar até 11 horas para ter o corpo retirado pelo
Serviço Funerário.
O problema acontece por falta de carros que
fazem o recolhimento e o traslado de corpos para o SVO (Serviço de Verificação
de Óbito).
Hoje, de acordo com funcionários do Serviço
Funerário Municipal, a frota conta com apenas quatro rabecões (veículos próprios
para esse tipo de serviço) para cobrir toda a capital. Dois deles estão
inutilizados.
No dia em que a reportagem esteve na sede do
serviço, havia apenas um rabecão em atividade -o outro estava na oficina para
reparos.
KOMBIS ADAPTADAS
Os funcionários disseram ainda que, por conta da falta de veículos apropriados, peruas Kombi estão fazendo esse tipo de transporte de modo improvisado.
O procedimento tem incomodado motoristas e
funcionários. "Esses carros não têm refrigeração adequada nem compartimentos.
Como são corpos que não têm a causa da morte atestada, os funcionários podem
ser, inclusive, infectados", diz um servidor.
A ajudante-geral Rosemeire Seixas Gonçalves,
33, teve de esperar cerca de 11 horas para ter o corpo da mãe removido de sua
casa, no Jardim Boa Vista (zona oeste de São Paulo). Segundo ela, a família
ligou para o serviço funerário por volta das 12h. Esperou até as 22h30.
"Foi horrível. Minha mãe ficou jogada no
chão da sala por todo esse tempo. Nunca imaginei que demorasse tanto. Acho um
desaforo".
O problema já virou alvo de uma investigação
da Comissão de Administração Pública da Câmara.
"Encontramos um local degradado, com
estrutura precária, salas com equipamentos antigos e uma oficina cheia de
carros largados por falta de peça", diz o vereador Alfredo Cavalcante
(PT). O grupo deve enviar uma representação à Promotoria.
OUTRO LADO
O Serviço Funerário do Município informou, por meio de nota, que deve fazer um convênio com a Secretaria da Segurança Pública do Estado para definir as responsabilidades de cada órgão no transporte dos corpos.
O órgão prometeu, sem dar prazo, que depois
disso será possível ampliar a frota, "passando de quatro para cinco ou
mais veículos".
Segundo a nota do Serviço Funerário, todos os
veículos do setor que atuam na remoção e transporte de corpos foram
"especialmente adaptados" para isso.
Sobre a espera, o serviço disse ser
"importante ressaltar que o trâmite tem início na elaboração do boletim de
ocorrência pela Polícia Civil, que define se o recolhimento do corpo da pessoa
será feito pelo Instituto Médico Legal ou pelo Serviço de Verificação de
Óbito".
Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa
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