Com caixões, Exército prevê derramamento de sangue em Suiá Missú
Redaçăo 24 Horas News
Com Araguaia Premium
O clima de instabilidade perdura em Alto Boa Vista (a 1.100 km de Cuiabá), área do conflito de Suiá Missú. Preparados para o pior, o Exército Brasileiro, que está no suporte das ações da Força de Segurança Nacional, prevendo um possível derramamento de sangue estaria munido de mais que 40 caixões para utilização, se necessário.
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O clima de instabilidade perdura em Alto Boa Vista (a 1.100 km de Cuiabá), área do conflito de Suiá Missú. Preparados para o pior, o Exército Brasileiro, que está no suporte das ações da Força de Segurança Nacional, prevendo um possível derramamento de sangue estaria munido de mais que 40 caixões para utilização, se necessário.
A chegada de mais de 40 caixões, foi mais um motivo para deixar os
produtores rurais em estado de alerta. O Exército não confirma a
informação, no entanto moradores de Alto Boa Vista asseguram que tiveram
contato visual com os caixões e ficaram aterrorizados com a
possibilidade de haver uma explosão de violência, impossível de ser
controlada.
Instalados na gleba Sauiá Missú desde setembro, a Força Nacional de
Segurança e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), começaram a colocar em
prática o plano da Fundação Nacional do Índio (Funai), assim a
instabilidade tomou conta dos moradores que se sentiram acuados com a
presença dos militares e polícia.
No primeiro dia de desintrução, de não-índios da demarcação Xavante
Marãiwatsédé, foi marcado pelo confronto entre produtores rurais, a
Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional e foi desencadeado na
fazenda “Jordão” de propriedade de Antonio Manedi Jordão. Houve choro e
muita revolta. Militares e produtores saíram feridos após 40 minutos
“guerra”. Saldo: dez moradores feridos por armamento não-letal por parte
dos posseiros e pelo menos quatro policiais atingidos por pedradas.
A área é motivo de conflito judicial entre produtores agropecuários
instalados na região há pelo menos 20 anos (quando não há 50) e índios
da etnia xavante, que reivindicam a área como sendo tradicional terra
indígena. Após um estudo antropológico da Funai, o qual é acusado pelos
não-índios de ser uma fraude, a Presidência da República demarcou a
região como reserva indígena sob o nome de Marãiwatsédé em 1996 e desde
então corre um processo judicial que se arrasta até hoje, e no qual foi
determinado liminarmente o despejo dos produtores.
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