LISTA DE MORTOS EM SANTA MARIA - RS |
28 de Jan de 2013 - 07h15min |
Secretaria da Segurança divulga lista final de vítimas identificadas do incêndio em Santa Maria
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou a identificação dos corpos de 231 vítimas do incêndio que ocorreu na madrugada deste domingo (27). Esta é a lista final das pessoas que foram identificadas no Centro Desportivo Municipal de Santa Maria. Identificados por reconhecimento Alan Rembem de Oliveira Alexandre Anes Prado Alex Giacomelli Alisson Oliveira da Silva Allana Willers Ana Carolini Rodrigues Ana Paula Rodrigues Ana Paula Anibaleto dos Santos André Cadore Bosser Andressa Roaz Paz Andressa Thalita Farias Brissow Andrieli Righi da Silva Andrise Farias Nicoletti Ângelo Nicolosso Aita Ariel Nunes Andreatta Augusto Cesar Neves Augusto Malezan de Almeida Gomes Augusto Sergio Krauspenhar da Silva Benhur Retzlaff Rodrigues Bernardo Carlo Robe Bibiana Berleze Brady Adrian Gonçalves Silveira Bruna Brondani Pafhalia Bruna Camila Graeff Bruna Karoline Gecai Bruno Kraulich Camila Cassulo Ramos Carlitos Chaves Soares Carolina Simões Corte Real Cássio Garcez Biscaino Cecília Soares Vargas Clarissa Lima Teixeira Crisley Caroline Saraiva Freitas da Palma Daniel Knabbem da Rosa Daniel Sechim Daniele Dias de Mattos Danilo Brauner Jaques Danriei Darin David Santiago de Souza Débora Chiappa Forner Deives Marques Gonçalves Diego Comim Silvéster Dionatham Kamphorst Paulo Douglas da Silva Flores Elizandor Oliveira Rolin Emerson Cardoso Pain Erika Sarturi Becker Evelin Costa Lopes Fábio José Cervinski Fernanda de Lima Malheiros Fernanda Tischer Fernando Michel Devagarins Parcianello Fernando Pellin Flávia Decarle Magalhães Geni Lourenço da Silva Gilmara Quintanilha Oliveira Giovane Krauchemberg Simões Greicy Pazzini Bairro Guilherme Fontes Gonçalves Guino Ramom Brites Burro Gustavo Ferreira Soares Heitor Teixeira Gonçalves Helena Poletto Dambros Helio Trentin Junior Henrique Nemitz Martins Herbert Magalhães Charão Igor Stefhan de Oliveira Ilivelton Martins Koglin Isabela Fiorini Ivan Munchem Jacob Francisco Thiele Jaderson da Silva Janaina Portella Jéssica Almeida Kongen João Aluisio Treuliebe João Carlos Barcellos Silva João Paulo Pozzobom João Renato Chagas de Souza José Luiz Weiss Neto José Manoel Rosa da Cruz Juliana Moro Medeiros Juliana Oliveira dos Santos Juliana Sperone Lentz Juliano de Almeida Farias Karen Fernanda Knirsch Kelen Aline Karsten Favarin Kellen Pereira da Rosa Kelli Anne Santos Azzolin Larissa Hosbach Lauriani Salapata Leandro Avila Leivas Leandro Nunes da Silva Leonardo de Lima Machado Leonardo Lemos Karsburg Leonardo Machado de Lacerda Leonardo Schoff Vendrúsculo Letícia Vasconcellos Lincon Turcato Carabagiale Louise Victoria Farias Brissow Luana Behr Vianna Luana Faco Ferreira Lucas Fogiato Lucas Leite Teixeira Luciane Moraes Lopes Luciano Ariel Silva da Silva Luciano Tagliapetra Esperidião Luiz Antonio Xisto Luiz Carlos Ludin de Oliveira Luiz Eduardo Viegas Flores Luiz Felipe Balest Piovesan Luiz Fernando Riva Donate Luiz Fernando Rodrigues Wagner Luiza Alves da Silva Maicon Afrolinario Cardoso Maicon Douglas Moreira Iensen Maicon Francisco Evaldt Manuele Moreira Passamane Marcelo de Freitas Salla Filho Marcos André Rigoli Marfisa Soares Caminha Mariana Comassetto do Canto Mariana Machado Bona Mariana Moreira Macedo Mariana Pereira Freitas Marilene Iensen Castro Marina de Jesus Nunes Marina Kertermann Kalegari Martins Francisco Mascarenhas de Souza Onofre Marton Matana Matheus Pacheco Brondani Mauricio Loreto Jaime Melissa Bergemeier Correia Melissa do Amaral Dalforno Michele Dias de Campos Micheli Froehlich Cardoso Miguel Webber May Mirella Rosa da Cruz Murilo de Souza Barone Silveira Murilo Garcez Fumaco Natana Pereira Canto Natascha Oliveira Urquiza Natiele dos Santos Soares Odomar Gonzaga Noronha Otacílio Altíssimo Gonçalves Patrícia Pazzini Bairro Paula Batistela Gatto Paula Simone Melo Prates Pedro de Oliveira Salla Pedro Morgental Rafael de Oliveira Dorneles Rafael Dias Ferreira Rafael Paulo Nunes de Carvalho Rafael Quilião e Oliveira Rafaela Schimidt Nunes Raquel Daiane Fischer Rhaissa Gross Cúria Rhuan Scherer de Andrade Ricardo Custódio Ricardo Dariva Ricardo Stefanello Piovesan Robson Van der Hahn Rodrigo Belling Hausen Bairros Costa Roger Barcellos Farias Roger Dallanhol Rogério Cardoso Ivaniski Rogério Floriano Cardoso Rosabe Fernandes Rechermann Ruan Pendenza Callegari Sabrina Soares Mendes Sandra Victorino Goulart Shaiana Tauchem Antoline Silvio Beurer Junior Stefane Posser Simeoni Suziele Cassol Tailan Rembem de Oliveira Taís da Silva Scaplin de Freitas Taize Santos dos Santos Tanise Lopes Cielo Thais Zimermann Darif Thanise Correa Garcia Thiago Amaro Cechinatto Tiago Dovigi Cegabinaze Uberafara Soares Bastos Junior Vagner Rolin Marastega Vandelcork Marques Lara Junior Vanessa Vancovicht Soares Victor Datria Mcagnam Victor Martins Shimitz Vinicios Greff Vinicios Paglnossim de Moraes Vinicius Silveira Marques de Mello Vinissios Montardo Rosado Vitória Dacorso Saccol Walter de Mello Cabistani Identificados pela Perícia Necropapiloscópia Andressa Ferreira Flores Andressa Inaja de Moura Ferreira Bárbara Moraes Nunes Bruna Eduarda Neu Carlos Alexandre dos Santos Machado Cristiane Quevedo da Rosa Daniela Betega Ahmad Dulce Raniele Gomes Machado Emili Contreira Ercolani Ericson Ávila dos Santos Felipe Vieira Flávia Maria Torres Lemos Franciele Soares Vargas Francielli Araujo Vieira FrancileVizioli Gabriela Corcine Sanchotene Gabriela dos Santos Saenger Heitor Santos Oliveira Teixeira Jennefer Mendes Ferreira Julia Cristofali Saul Larissa Terres Teixeira Leandra Fernandes Toniolo Letícia Ferraz da Cruz Letícia Baú Luiza Batistella Puttow Maria Mariana Rodrigues Ferreira Matheus de Lima Librelotto Matheus Engert Rebolho Merylin de Camargo dos Santos Monica Andressa Glanzel Neiva Carina de Oliveira Marin Pâmella de Jesus Lopes Paula Porto Rodrigues Costa Priscila Ferreira Escobar Sandra Leone Pacheco Ernesto Taise Carolina Vinas Silveira Viviane Tólio Soares |
Total de visitas
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
LISTA DOS MORTOS DE SANTA MARIA - RS
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
GOLPEADO NA CABEÇA COM UMA URNA
Joel Perez deixou o irmão inconsciente ao acertá-lo com uma urna funerária (Foto: Reprodução) |
Um homem de Lorain, no estado de Ohio (EUA) foi acusado de golpear o irmão na cabeça com uma urna crematória, quebrando o recipiente e criando uma nuvem de cinzas humanas no local.
A polícia foi chamada para atender um caso de violência doméstica, e viram Joel Perez ameaçar de morte o irmão, e em seguida quebrar a urna na cabeça do homem, deixando-o inconsciente.
Os oficiais disseram que Perez resistiu à prisão, e precisou ser dominado com a ajuda de uma arma de choque. A polícia não informou qual era o motivo da discussão ou de quem eram as cinzas que estavam no recipiente.
Fonte: G1
MAIS DE R$ 1,25 MILHAO EM ENTERRO
Bilionário chinês gasta mais de R$ 1,25 milhão no enterro da mãe
Ele usou frota com oito limusines Lincoln e outros carros de luxo.
Funeral foi realizado em Wenling, na província chinesa de Zhejiang.
Funeral foi realizado nesta sexta-feira (4) em Wenling.
(Foto: AFP)
Bilionário usou frota com oito limusines Lincoln e outros carros de luxo. (Foto: AFP)
Fonte: G1
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
CORPOS DESIDRATADOS E APODRECENDO NO IML DE VALADARES
Debaixo de sol e do calor típico de Valadares, cadáveres ficam “DESIDRATADOS” no pátio do IML...Crise no órgão deixa cadáver ao ar livre.
GOVERNADOR VALADARES –
Responsável por atender a uma população de 70
municípios no Leste de Minas, o Instituto Médico-Legal (IML) de
Governador Valadares está abandonado, funcionando de maneira precária. A
situação se repete na capital e em outras regiões do Estado.
municípios no Leste de Minas, o Instituto Médico-Legal (IML) de
Governador Valadares está abandonado, funcionando de maneira precária. A
situação se repete na capital e em outras regiões do Estado.
Sem espaço suficiente na geladeira, um corpo não identificado
apodrecia, na semana passada, em um caixão no estacionamento do IML de
Valadares, perto da entrada do IML. Quem chegava ao local em busca de
algum serviço era recepcionado pelo mau cheiro e por urubus que rondavam
o prédio.
apodrecia, na semana passada, em um caixão no estacionamento do IML de
Valadares, perto da entrada do IML. Quem chegava ao local em busca de
algum serviço era recepcionado pelo mau cheiro e por urubus que rondavam
o prédio.
No refrigerador com capacidade para quatro cadáveres, nove estavam
amontoados. “Recentemente, encontramos o corpo de um andarilho que não
tinha identificação. Para colocá-lo na câmara fria, tivemos que deixar
de fora um cadáver mais antigo, que tinha menos chance de ser
reconhecido devido ao tempo que estava na geladeira”, disse o diretor do
IML de Valadares, Elsias Coelho Neto.
amontoados. “Recentemente, encontramos o corpo de um andarilho que não
tinha identificação. Para colocá-lo na câmara fria, tivemos que deixar
de fora um cadáver mais antigo, que tinha menos chance de ser
reconhecido devido ao tempo que estava na geladeira”, disse o diretor do
IML de Valadares, Elsias Coelho Neto.
O corpo foi retirado da geladeira na quinta-feira da semana passada e
só foi enterrado uma semana depois, porque a prefeitura precisava de
autorização para fazer o sepultamento. Neto já avisou que, na falta de
local para colocar cadáveres, vai recorrer novamente ao “depósito” a céu
aberto.
só foi enterrado uma semana depois, porque a prefeitura precisava de
autorização para fazer o sepultamento. Neto já avisou que, na falta de
local para colocar cadáveres, vai recorrer novamente ao “depósito” a céu
aberto.
Mais caixões
Para tentar liberar espaço na geladeira, o diretor do IML vai solicitar
à administração municipal nove caixões e sepultamentos em cova rasa.
à administração municipal nove caixões e sepultamentos em cova rasa.
Antes de deixar o instituto, as características dos cadáveres sem
identificação são registradas em um livro. “Fazemos ainda exame de DNA e
tiramos fotos para auxiliar em futuras identificações”, explica Elsias.
identificação são registradas em um livro. “Fazemos ainda exame de DNA e
tiramos fotos para auxiliar em futuras identificações”, explica Elsias.
Na oficina
Funcionários do IML também sofrem com a precária estrutura para
trabalhar. O rabecão que rodou até o início da última semana foi levado
para Belo Horizonte, depois de apresentar problema mecânico. Com isso,
os corpos que precisaram ser encaminhados para o instituto foram
transportados pelo serviço funerário da prefeitura.
trabalhar. O rabecão que rodou até o início da última semana foi levado
para Belo Horizonte, depois de apresentar problema mecânico. Com isso,
os corpos que precisaram ser encaminhados para o instituto foram
transportados pelo serviço funerário da prefeitura.
Por causa da falta de veículos, na terça-feira, o cadáver de uma mulher
encontrado às margens do rio Doce, em Valadares, demorou uma hora e
meia para ser removido.
O cenário de abandono é completado pela falta de limpeza e carcaças de
veículos que se deterioram no estacionamento, servindo de criadouro do
mosquito da dengue. Na semana passada, seis meses após encaminhar ao
município um pedido de capina no instituto, detentos do presídio da
cidade foram levados ao local para cortar o mato.
Fonte: hojeemdia.com.br
veículos que se deterioram no estacionamento, servindo de criadouro do
mosquito da dengue. Na semana passada, seis meses após encaminhar ao
município um pedido de capina no instituto, detentos do presídio da
cidade foram levados ao local para cortar o mato.
Fonte: hojeemdia.com.br
domingo, 20 de janeiro de 2013
GATO VISITA TÚMULO DO DONO
Um gato vem trazendo pequenos
presentes para o local onde seu dono foi enterrado há cerca de um ano na cidade
de Montagnana, na Itália. O animal, que tem três anos e atende pelo nome de
Toldo, faz isso todos os dias sem falta.
De acordo com nota do "Huffington Post", o dono do gato era Iozzelli Renzo, que morreu no dia 22 de setembro do ano passado, aos 71 anos.
Os presentes que Toldo leva para Renzo consistem em folhas, gravetos, galhos, copos de plástico e folhas de papel.
Tudo começou no dia do enterro, quando o gato seguiu o caixão da casa do dono até o cemitério. Na manhã seguinte, a viúva Ada foi ao local e encontrou um raminho de acácia no túmulo.
"Na hora pensei que tinha sido coisa do gato. Mas minha filha estava convencida de que eu estava muito emocionada e que não podia ter sido ele", contou. Na mesma noite, o filho de Renzo foi ao cemitério e encontrou Toldo montando guarda na tumba.
Desde então, vizinhos, parentes e amigos que vão ao cemitério ou passam perto do local vêem o gato rondando a sepultura.
Segundo Ada, seu marido e o gato tinham uma relação muito próxima desde que Renzo adotou o felino recém-nascido.
Fonte: Midianews, com informações do UOL
CABEÇAS HUMANAS APREENDIDAS
Polícia aeroportuária apreende 18 cabeças humanas enviadas a crematório
Peças foram apreendidas pela alfândega do aeroporto de Chicago.
Cabeças tinham sido enviadas por centro de pesquisa científica em Roma.
Da France Presse
As cabeças, que estavam etiquetadas cada uma com nome e causa da morte, foram encontradas antes do Natal por funcionários da alfândega no aeroporto O'Hare de Chicago, após serem enviadas aos Estados Unidos por um centro de pesquisa científica em Roma, afirmou a porta-voz do serviço médico do condado de Cook, Mary Paleologos.
"As cabeças eram amostras anatômicas utilizadas para pesquisa que estavam adequadamente preservadas, envolvidas e rotuladas" quando desembarcaram em solo americano como um carregamento regular, em três contêineres em um voo da Lufthansa.
Mas quando as cabeças embalsamadas passaram pela máquina de raio-X do aeroporto O'Hare, foram apreendidas por funcionários da alfândega por problemas na documentação.
"Neste momento, estão esclarecendo a papelada" para que os contêineres possam seguir viagem até seu destino final, o serviço de cremação de Chicago, afirmou Paleologos à AFP.
Por enquanto, as cabeças permanecem armazenadas no instituto médico legal.
Fonte: G1
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
ALGUNS IML'S EM ESTADO DE CALAMIDADE
Problemas passam ainda por câmaras quebradas e equipe reduzida.
G1 flagra cenas de irregularidades; Estado promete mudanças.
Corpos abandonados no chão, armazenados em uma sala sem refrigeração e o uso de serrotes e bases de madeira — métodos considerados obsoletos — para fazer exames necroscópicos. Macas enferrujadas que ficam em salas sujas, com insetos e que têm lixo contaminado guardado de forma irregular.
Sujeira no IML de Jacareí que fica fechado durante todo o dia. (Foto: Carolina Teodora/G1) |
Essas são algumas das situações encontradas pelo G1 em quatro unidades do Instituto Médico Legal (IML) do Vale do Paraíba — São José dos Campos, Jacareí, Pindamonhangaba e Taubaté, todas no interior de São Paulo. Juntos, estes institutos foram responsáveis por emitir mais de 18 mil laudos sobre a causa de morte e de corpo de delito em 2012.
Serrotes - Fferramentas nada recomendável para se usar em necropsias. |
Entre as irregularidades flagradas pelo G1 está a chegada de um corpo no IML de Taubaté que está interditado pela Vigilância Sanitária há mais de um ano — desde novembro de 2011. Segundo os funcionários, a prática é irregular, mas é necessária diante da falta de vagas no IML de Pindamonhangaba — que ficou responsável por acumular o serviço da equipe de Taubaté desde a interdição.
O G1 apurou que o IML de Taubaté recebeu irregularmente cerca de 20 corpos em 2012. A Vigilância Sanitária do Estado informou nesta sexta-feira (17) que para a desinterdição do IML de Taubaté é necessária a conclusão das readequações na área física da unidade. A pasta não informou quais readequações serão realizadas nem o prazo para as obras.
Taubaté
Além de estar interditado por falta de estrutura, o IML de Taubaté é um exemplo também de desperdício de dinheiro público. O local conta com equipamentos modernos que nunca foram utilizados e estão acumulando ferrugem e poeira. Exemplo disso são as duas câmaras frias, que têm capacidade para receber seis corpos, compradas pelo Estado em 2012 por R$ 121 mil — já quando a unidade estava interditada. O equipamento nunca entrou em operação e já está enferrujado.
Pindamonhangaba
Enquanto isso, na unidade de Pindamonhangaba que acumula o atendimento de Taubaté, uma das geladeiras está quebrada o que reduz a capacidade de armazenar corpos na refrigeração. "Às vezes colocamos dois corpos na mesma gaveta", disse uma funcionária. No local, também são utilizados serrotes e bases de madeira para a realização de necropsias.
Jacareí
A sala de necropsia de Jacareí é a pior entre as unidades visitadas pela equipe de reportagem. No dia em que a reportagem esteve no local, na última sexta-feira (11), um corpo carbonizado estava no chão porque não tinha espaço na câmara fria. A porta da sala de necropsia não fecha e os exaustores não funcionam. A câmara fria do IML de Jacareí conta com apenas quatro gavetas - mesma capacidade desde a década de 80.
São José dos Campos
Quando chove, o corredor que dá acesso à sala de necropsia do IML de São José dos Campos, principal cidade do Vale do Paraíba, sofre com goteiras já que o forro do telhado está quebrado em alguns locais. Um dos banheiros utilizado pelo público também não funciona. As portas de acesso às salas de necropsia não fecham.
Raio X
O G1 apurou também que não existe nenhum aparelho de raio X nos IMLs da região — que conta ainda com unidades em Cruzeiro, Guaratinguetá e São Sebastião. A falta do aparelho faz com que não seja identificada a causa da morte de parte das vítimas de homicídio — principal responsabilidade do IML.
“A gente acaba demorando muito para achar o projétil no corpo e, por muitas vezes, nem encontramos e por isso não conseguimos apontar com exatidão a causa da morte. Daí, colocamos no laudo que não foi localizado [o projétil] apesar da exaustiva procura e o médico reforça que não temos raio X”, disse uma funcionária do IML de São Sebastião, que pediu para não ter o nome divulgado.
Um médico do IML de São José dos Campos, que também pediu para não ter o nome revelado, afirmou que a falta de raio X faz com que o resultado do exame seja ‘intuitivo’. “Há menos de uma semana tinha um cara baleado. Falei para o auxiliar olhar no braço e lá tinha [a bala]. Mas é quase intuitivo, com base na experiência”, disse o médico.
Além da falta de raio X, o IML de São José dos Campos, principal cidade da região, tem goteiras por conta da falta de forro em alguns locais. Também não tem nenhuma segurança, como policiais ou guardas-civis municipais, e as portas da área de acesso e da própria sala de exame necroscópico estão com a fechadura quebrada, apesar da placa na própria porta informando ‘mantenha a porta fechada’.
Existem poucas viaturas para as equipes de necropsia e as que existem têm a manuteção custeada pelos próprios servidores. "É uma burocracia muito grande e eu acabo pagando do meu bolso a manutenção. Temos apenas uma viatura e se ela ficar parada, não temos como trabalhar", afirmou Reginaldo dos Santos, auxiliar de necropsia.
Médicos
O problema da falta de estrutura das unidades é agravado pela equipe médica reduzida e pelo descumprimento do horário de plantão de parte destes especialistas.
Levantamento feito pelo G1 em todas as sete unidades da região mostra que existem apenas 34 médicos, 22 auxiliares de necropsia e 17 atendentes de necrotério para atender os 39 municípios da região. Parte desses profissionais estão afastados por doenças ou férias.
Espera
A precariedade afeta diretamente a vida das pessoas que, enquanto sofrem a dor de perder um parente, esperam até 15 horas pela liberação do corpo para iniciar o velório. A empresária de Taubaté Sandra Sousa Lima Monteiro, de 41 anos, passou por essa situação. Ela perdeu a prima de 10 anos em um acidente de carro na última quinta-feira (10) e esperou 17 horas para iniciar o velório.
“Agora as pessoas precisam ter horário para morrer? Disseram que não tinha médico para fazer o exame. O acidente ocorreu às 15h30 da quarta e o corpo só foi liberado às 10h20 de quinta, isso porque procuramos alguns amigos da família para nos ajudar a acelerar o processo”, afirmou Sandra.
Outro lado
A Secretaria de Segurança Pública informou que fará ações imediatas para resolver a situação dos IMLs do Vale do Paraíba. A pasta informou que iniciou a elaboração de um relatório sobre a situação das unidades.
A SSP informou ainda que abriu licitação para instalar um sistema de exaustão no IML de Taubaté, para que o local seja liberado para realizar necropsias. Celso Perioli, comandante da Polícia Técnico-Científica no estado, disse ainda que a limpeza das unidades é de responsabilidade das prefeituras. "Eu me sinto indignado porque na verdade a gente preza para ter as unidades à altura da instituição", disse Perioli.
Sobre a falta de raio X, ele disse que o estado não conta com técnicos especializados em operar os aparelhos e que por isso não existem equipamentos nos institutos. Perioli disse ainda que abriu concurso público para aumentar a equipe de profissionais no Estado e que os novos profissionais devem começar a trabalhar em cinco meses.
As prefeituras de São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba foram procuradas para comentar o assunto. A Prefeitura de São José dos Campos informou apenas que se a polícia solicitar apoio da Guarda Municipal o pedido será analisado.
A Prefeitura de Taubaté informou que a situação do IML vem desde a última gestão, mas que o novo governo iniciou um levantamento das demandas do departamento. A Prefeitura de Jacareí foi procurada nesta sexta-feira (17), mas não respondeu a reportagem. A Prefeitura de Pindamonhangaba informou que a geladeira que estava com defeito foi enviada para manutenção e a liberação de uma nova geladeira comprada no ano passado.
Fonte: G1.com
CAIXÕES FORA DAS SEPULTURAS EM TUBARÃO - SC
A tubaronense Nadia Cabreira Vieira reside próximo ao
cemitério municipal e relata que há alguns dias vários restos de caixões
e sacos plásticos foram colocados em um canto do cemitério. “Eu levei
um susto, tem até um caixão inteiro de criança. Nos sacos de lixo, eu
não sei o que tem, espero que não seja ossada humana”, lamenta a
moradora.
De acordo com um dos coveiros que trabalham no local, depois
da limpeza feita nos túmulos, os restos de caixões são depositados em um
local dentro do próprio cemitério, para que depois possam ser
recolhidos pela prefeitura. O diretor de obras da secretaria de
infraestrutura, Adriano Holthausen, explica que o recolhimento é feito
com frequência.
”Nós recolhemos conforme for a demanda da semana, nunca
deixamos muito tempo, mas na segunda ou terça-feira vamos fazer uma
limpeza geral no cemitério e também recolher esses resíduos”, garante.
Os restos de caixões são depositados em uma caixa no
cemitério Horto dos Ipês, no bairro Monte Castelo, e depois recolhidos
por uma empresa especializada, que faz a incineração dos resíduos.
Muito lixo é retirado do cemitério de Capivari de Baixo
Servidores da secretaria de desenvolvimento rural da
prefeitura de Capivari de Baixo limparam ontem o cemitério municipal.
Foram retirados do local centenas de quilos de lixo. O trabalho também
foi feito no caminho entre o cemitério e a capela funerária.
O secretário da pasta, Luiz Gonzaga Rodrigues, o Luizinho,
revela que os canteiros e laterais da capela serão revitalizados hoje.
“Apesar da deficiência que ainda temos em equipamentos e materiais,
nossa secretaria está fazendo todo o esforço possível para que as coisas
fiquem dentro da normalidade”, ressaltou.
Fonte: www.radiosc.com.br
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
BRIGA DE FUNERÁRIAS
Funcionários de funerárias brigam em frente ao Pronto-Socorro de VG
Disputa era pelo corpo de uma mulher de 65 anos
C.C., de 42 anos, de uma funerária em frente ao PSVG, e J.R.S., de 47 anos, de uma empresa do bairro Cristo Rei, começaram a brigar depois que este último disse que o plantão era dele e que, por isso, a empresa iria fazer os serviços funerários.
Depois que a briga entre os dois começou, policiais civis que chegavam ao Pronto-Socorro para fazer a liberação do cadáver da mulher foram chamados.
Segundo os policiais, o representante da funerária do bairro Cristo Rei disse que o concorrente tinha "atravessado" a vez dele. O outro envolvido na confusão argumentou que a vítima era parente dele e que ele foi procurado por familiares.
Os dois foram levados até a Central de Flagrantes, mas não quiseram representar um contra o outro e foram liberados.
Fonte: midianews.com.br
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
CAIXÕES NA RUA DE ITACARAMBI - MG
Internauta enviou fotos dos objetos deixados no bairro Lago Sul.
Rua ficou deserta depois da aparição dos caixões.
Vailton Ferreira
Internauta, Itacarambi, MG
Caixões são jogados em rua de Itacarambi
(Foto: Vailton Ferreita/ VC no G1)
(Foto: Vailton Ferreita/ VC no G1)
O internauta conta ainda que os moradores estão com medo e disseram que nunca viram nada parecido. "No meio do entulho haviam dois caixões de criança em bom estado de conservação e nenhuma funerária apareceu para dizer alguma palavra", afirma.
Nota da Redação:
O secretário de governo, Kléber Moreira, informou que a prefeitura da Itacarambi está apurando quem é o responsável por jogar fora os caixões.
"Existe uma suspeita, por parte dos moradores, de que uma funerária, que fechou o ano passado, tenha jogado os caixões na rua, mas é só uma suspeita. Estamos providenciando o Boletim de Ocorrência para que o responssável retire os objetos da rua.
A prefeitura de Itacarambi está em estado de calamidade pública, por isso estamos priorizando outras ações, como limpeza pública, com a retirada de lixo orgânico, e resolvendo questões hospitalares, por isso estamos procurando o responsável, para que ele mesmo faça a limpeza. Caso contrário, a prefeituta fará a retirada dos caixões e a limpeza do local", disse.
Fonte: G1
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
CEMITÉRIO ÁREA NOBRE - GOV. VALADARES
ÁREA NOBRE DE VALADARES VIRA CEMITÉRIO
Por incrível que pareça, temos uma "sepultura" bem no centro de Governador Valadares / MG.
Tal obra foi realizada em dezembro de 2012 e pelo que parece permanecerá por muito tempo, até porque cemitérios são de uso perpétuos.
"NÃO SEI INFORMAR SE HOUVE LICITAÇÃO".
Por incrível que pareça, temos uma "sepultura" bem no centro de Governador Valadares / MG.
Tal obra foi realizada em dezembro de 2012 e pelo que parece permanecerá por muito tempo, até porque cemitérios são de uso perpétuos.
"NÃO SEI INFORMAR SE HOUVE LICITAÇÃO".
sábado, 5 de janeiro de 2013
PROIBIDA A ENTRADA DE AGENTES FUNERÁRIOS
Na
última semana do ano, a promotora pública Luciana Cano Casarotto deixou
ajuizada uma ação civil contra a Santa Casa de Caridade de Bagé/RS. Na ocasião
salientou que o objetivo é fazer com que a instituição de saúde evite
que as agências funerárias do município atuem dentro do hospital,
interceptando as pessoas.
Conforme
o provedor da Santa Casa, Luiz Alberto Vargas, os agentes funerários
são proibidos de agir dentro do hospital. Ele informa que quando há os
casos de óbito, os familiares escolhem a funerária que prestará o
serviço. Vargas explica que os agentes podem transitar no local para
buscar assinaturas de médicos que atestam o óbito. "O corpo é retirado
pelo lado de fora do prédio, não é preciso circular por dentro da
instituição", afirma.
O que dizem asfunerárias:
Segundo
o proprietário da funerária São Sebastião, José Luís das Chagas Gusmão,
a diretoria da instituição de saúde dificulta o trabalho de outras
funerárias e facilita a entrada da funerária da Santa Casa. Ele conta
que foi o autor da denúncia junto à promotoria porque acredita ser um
abuso da instituição. "Levamos testemunhas à promotoria as quais foram
praticamente obrigadas a utilizar o serviço da funerária da Santa Casa",
desabafa. Gusmão comenta que é injusto com as empresas que prestam o
serviço.
Já a responsável pela
funerária São José, Catiúcia Anselmo, salienta que o serviço é prestado
quando há interesse do familiar e somente procuram o hospital no caso de
precisar de assinatura de algum documento. Ela comenta que, em Bagé,
não há uma lei que regulamente os serviços funerários e gostaria que
fosse criada uma central de óbitos, através da qual cada funerária
atendesse um óbito. Desta forma, todas as empresas teriam oportunidades
iguais. "Os telefones de todas as funerárias deveriam ficar expostos,
dentro do hospital, para que as famílias pudessem escolher", disse.
Para
o diretor administrador do cemitério da Santa Casa, Mário Emir Mansur
Lucas, "quando uma pessoa vai a óbito, alguma funerária tem que prestar o
serviço". Ele comenta que, normalmente, as pessoas pedem para ser
atendidas pela funerária da Santa Casa por já ter tido algum vínculo com
a empresa. "O serviço já é conhecido, é o mais antigo de Bagé e têm as
capelas e cemitério que permitem que as pessoas não tenham envolvimento
maior nesses momentos difíceis". Conforme Lucas, a família tem livre
escolha e o serviço somente é acionado com o consentimento dos
familiares. "Temos os mesmos direitos e deveres que as demais
funerárias", disse.
Fonte: http://981fm.com.br
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
ÉTICA EM FUNERAIS E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Responsabilidade Social e Ética nos Serviços Funerários
Autoria: Breyner Estanislau Silva de Carvalho
RESUMO
O presente artigo tem o intuito de apresentar os
resultados do estudo a respeito do posicionamento das organizações funerárias
diante da preocupação com a Responsabilidade Social e a Ética. Os serviços
funerários atuam junto aos seus clientes em ocasiões de extrema fragilidade
emocional, consequência da perda de entes queridos, e como tal, os conceitos éticos
e de responsabilidade social, parecem assumir uma dimensão maior e, portanto passível
de análise. O trabalho aborda conceitos contemporâneos do tema sob a visão de alguns autores,
quanto à Responsabilidade Social externa e interna das organizações e as orientações éticas corporativas, em função dos
aspectos culturais, econômicos e políticos. Neste sentido procura-se confrontar
visões conceituais com evidências dos serviços funerários prestados em nosso
país e igualmente em países como a Itália e Estados Unidos. O estudo conclui
que o segmento funerário tem buscado cada vez mais a profissionalização, o que
não era uma preocupação do setor há poucos anos atrás. Procura-se também
identificar a regulamentação vigente do setor, em busca do compromisso
ético com as comunidades. Porém este movimento está longe de dizimar algumas
barbáries que alguns cidadãos ainda sofrem diante da perda de seus entes
queridos no trato com as organizações funerárias. Por fim, pretendeu-se
iniciar uma discussão, identificando as fragilidades do serviço funerário e enfatizando
os esforços que o setor tem feito em busca da profissionalização.
1. INTRODUÇÃO
Identificar as fragilidades e deficiências dos serviços prestados pelas
empresas funerárias motiva a busca do entendimento da real importância da profissionalização
do setor, visto que qualquer pessoa é potencialmente cliente dos serviços
destas empresas. A empresa funerária tem uma importância social que vai além
das diretrizes e estratégias organizacionais gerais e como tal, deve, sobretudo, se preocupar com os
preceitos éticos e com a responsabilidade social no exercício de suas
atividades. Desta maneira, como uma empresa prestadora de serviços funerários
pode contribuir para o desenvolvimento da ética e do comprometimento com a responsabilidade social, sendo que o serviço
oferecido é direcionado a clientes que se encontram em momentos de demasiada
fragilidade emocional? É o que se pretende apresentar com este trabalho,
o qual tem como objetivo contextualizar as ações das empresas funerárias no
campo da Ética e da Responsabilidade Social.
2. ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL – A IMPORTÂNCIA NO NOVO CENÁRIO
EMPRESARIAL
Atualmente as
pessoas, em geral, apresentam uma maior preocupação com o bem-estar e a
qualidade de vida, consubstanciadas numa ética de valorização do ser humano, ao
invés do padrão de produção capitalista, o qual prega a realização econômica em
detrimento da realização pessoal. Há também uma maior conscientização da
importância da participação das empresas na preservação do meio ambiente, da
participação dos trabalhadores na tomada de decisão e nos resultados da
atividade produtiva e da necessidade de melhoria dos padrões de qualidade de vida da comunidade que com que ela
se relaciona. Esse contexto tem trazido a discussão sobre ética e
responsabilidade social das empresas para a literatura econômica, administrativa
e jurídica, sem contar que, tradicionalmente, esses temas são abordados
por filósofos e sociólogos. A inclusão
destes temas tem colaborado, inclusive, para o surgimento de associações empresariais
e acadêmicas envolvidas na disseminação de práticas eticamente corretas e socialmente responsáveis. O benefício da
realização dessas práticas ocorre não somente para as organizações
envolvidas, mas também para todos os envolvidos ou impactados pelas atividades
econômicas levadas a cabo pelo setor empresarial, os chamados stakeholders. Assim,
tem sido possível a uma parcela significativa da sociedade, adquirir
conhecimentos sobre ética. Ao mesmo tempo a sociedade pode esperar, e exigir,
das empresas que elas contribuam para o desenvolvimento da comunidade, sendo
socialmente responsáveis.
2.1 Ética
A
ética, como reflexão científica e filosófica, estuda os costumes e normas de comportamento. No
presente trabalho essas normas de comportamento serão analisadas no contexto
corporativo. Considerando o contexto social, pode ser dito que os valores
éticos são passíveis de transformações, assim como as sociedades se modificam.
Essas diferenças se dão em épocas e sociedades
distintas. Não são apenas os costumes que variam, mas também os valores que os acompanham,
as próprias normas concretas, os próprios ideais e a própria sabedoria
(VALLS,1996). Assim, para compreensão da ética vigente em uma sociedade, sob a
ótica dos filósofos, é necessário estudar pinturas, esculturas, leis, livros de
medicina, etc. Mas as preocupações no estudo da ética vão muito além das
variações dos costumes, chegando à formulação de princípios universais. Uma boa
teoria ética deveria atender à pretensão de universalidade, ainda que
simultaneamente capaz de explicar as variações de comportamento,
características das diferentes formações culturais e históricas (VALLS,1996).
Filósofos como Sócrates e Kant preocuparam-se com este caráter universal da
ética. Entre as tendências atuais valoriza-se a posição da liberdade como um
ideal ético, privilegiando o aspecto pessoal da ética. Outra perspectiva aponta
a ética nas relações sociais, tendo como ideal ético o de uma vida social mais
justa. Para Valls (1996), a ética preocupa-se com as formas humanas de resolver
as contradições entre necessidade e possibilidade, entre tempo e eternidade,
entre o individual e o social, entre o econômico e o moral, entre o corporal e
o psíquico, entre o natural e o cultural e entre a inteligência e a vontade.
Algumas noções, mesmo que ainda abstratas, permanecem firmes no campo da ética,
como a distinção entre o bem e o mal, ou seja, entre o que é certo e o que é
errado dentro de uma organização. Ainda segundo Valls, hoje os grandes
problemas de ética encontram-se em três esferas: família, sociedade civil e
Estado. Assim, despertar uma consciência eticamente crítica nas pessoas é o desafio que pode ajudá-las a assumir
uma vida de maneira mais ética, e, neste sentido, mais livre e mais
humana. Muitas são as razões que têm levado as organizações a se preocuparem em
promover a ética no ambiente empresarial. Dentre elas: os custos de escândalos
nas empresas, acarretando perda de confiança na reputação da organização, multas
elevadas, desmotivação dos empregados, entre outras (TANSEY, 1995). Entretanto,
para analisar a ética no universo corporativo faz-se necessário, inicialmente,
compreender a sua dimensão nas empresas. Ética dos negócios é o estudo da forma
pela qual as normas morais pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos da
empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de
como o contexto dos negócios cria problemas próprios e exclusivos à pessoa
moral que atua como um gerente desse sistema (NASH, 1993). A ética é um fator
relevante para garantir a competitividade da empresa. No entanto, ter padrões
éticos significa ter bons negócios em longo prazo. Existem estudos, por
exemplo, o mencionado por Pinedo (2003) indicando a veracidade dessa
afirmativa. Segundo ele, em estudo realizado pela Universidade de Harvard,
empresas éticas e maduras têm resultados 60% melhores que as menos éticas. Na
maioria das vezes, contudo, as empresas reagem a situações de curto prazo
(TANSEY, 1995). Para Nash (1993), empresas preocupadas com padrões de conduta
ética em seu relacionamento com clientes, fornecedores, funcionários e governantes,
ganham a confiança de seus clientes e melhoram o desempenho dos funcionários. Segundo
Tansey (1995), assim como qualquer comportamento ou cultura adotada pela empresa,
a postura ética deve vir da alta administração, ou seja, é a direção quem deve
dar o exemplo aos seus colaboradores. Um dos principais profissionais
multiplicadores da postura ética é o
Executivo de Relações Públicas, visto que ele tem o papel de estabelecer o relacionamento
da organização com seu público e com a fundamentação da ética. Segundo Nash
(1993), cumprir essa responsabilidade exige, no mínimo, uma investigação e um posicionamento
explícito sobre os aspectos éticos da atividade empresarial, desde a estratégia
até a folha de pagamento. A atuação da empresa no mercado também deve ser
considerada, pois a sua forma de agir neste ambiente provoca reflexos internos,
segundo Tansey (1995). Para a autora, não se pode exigir conduta ética dos
funcionários se a empresa está viciada em procedimentos condenáveis. Os padrões
éticos da companhia são a base do comportamento dos funcionários. Um dos
problemas que prejudicam a postura ética nas organizações é a burocracia com
que elas executam suas funções. Segundo Tansey (1995), burocracia demais
atrapalha. Como são muitas as instruções a serem observadas, existe sempre a
possibilidade das empresas não cumprirem uma delas. Além da burocracia,
levantada por Tansey, outros obstáculos à implantação da ética nas organizações
foram levantados por Zoboli (2002). São eles:
• Imposição de regras
sem intenção de considerá-las e o uso da missão da empresa apenas como
conveniência: - Esses obstáculos se apresentam quando a missão da empresa não representa
claramente a meta e a finalidade da organização, mas expressam um conjunto de normas
e regulamentos, os quais não justificam os resultados buscados.
• Alcance de
objetivos a qualquer preço: - Acontece quando a organização busca realizar as suas
metas sem o respeito aos valores e direitos partilhados com a sociedade na qual
está inserida. O bem comum pode ser
assegurado pelo uso de procedimentos idôneos.
• Impaciência e
pressa para alcançar os objetivos organizacionais: - Estas se constituem fatores
para a negligência no trato de questões éticas nas organizações, o que pode por
em risco a satisfação de clientes e colaboradores, podendo levar a um ciclo
negativo e vir a afetar os resultados da organização.
• Perversidade: - Relação
assimétrica e desigual, baseada na racionalidade destrutiva. Acontece quando a
organização isola-se das necessidades e demandas sociais, levando ao esquecimento da sua missão e desmotivação dos seus
integrantes. Os envolvidos podem assumir um comportamento que justifica
a desigualdade, chegando a considerá-la
normal ou nem percebê-la. Um exemplo clássico desta perversidade é representado
pela corrupção social, a qual provoca uma mudança arbitrária de valores. As
organizações que adotam a ética como substância das suas relações e realização
de resultados são organizações que capacitam as pessoas a demonstrarem um
comportamento maduro. Este tipo de
comportamento é demonstrado pela reflexão a respeito dos bens internos,
das atividades e dos meios adequados para atuarem rumo à consecução da ética no
ambiente organizacional. Decorrente dessa reflexão surge uma atuação balizada
pela responsabilidade que a organização para com a sociedade.
2.2 - Responsabilidade Social Empresarial
Moreira (2000)
retrata o modismo que leva as empresas brasileiras a discursarem sobre ética e
desenvolverem códigos de comportamento para seus funcionários. Apontando paradoxos,
o autor demonstra a constante evidência de casos e “causos” de violação de princípios
éticos elementares e afirma que tal paradoxo torna-se inteligível quando são examinados
os traços básicos da cultura nacional (como o formalismo, as esferas culturais
da casa e da
rua, o jeitinho, entre outros) e se admite a influência de tais traços nas
organizações instaladas no país. Melo Neto e Froes (apud MENDONÇA e GONÇALVES,
2002) afirmam que houve uma mudança no foco da responsabilidade social
corporativa, das ações meramente filantrópicas para ações mais substanciais que
proporcionem o desenvolvimento social. Conforme Mendonça e Gonçalves (2002),
atualmente muitas empresas brasileiras buscam legitimidade através de ações de
cunho social por reconhecerem e/ou acreditarem que estas ações podem ter impactos positivos na imagem da
organização. Os autores pressupõem a existência de organizações que
desenvolvem ações sociais condizentes com seus valores organizacionais. Porém,
outras parecem objetivar a criação de uma imagem de responsabilidade social estabelecendo uma estratégia mercadológica não
condizente com os valores e práticas da organização. Segundo Moreira (2000), atualmente,
na sociedade brasileira encontram-se sinais dos fatores que desencadearam
mundialmente as preocupações com a ética e a responsabilidade social nos negócios. Estes são: as pressões pela
conservação do meio ambiente, o fortalecimento dos movimentos de defesa do
consumidor, as denúncias sobreirresponsabilidades no setor da saúde, os
esforços contra o trabalho infantil e outros. Assim, as empresas têm dado maior
importância às posturas éticas em relação aos seus funcionários e à comunidade
em geral, por meio da divulgação de seus códigos internos de ética, projetos de
reflorestamento, fundações educacionais e
engajando-se em atividades filantrópicas. Acredita-se que esta postura é
determinante para consolidar uma imagem positiva perante clientes e funcionários
e, por sua vez, fundamental para a perenidade da empresa. A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) tem
como fundamento o compromisso ético da empresa para com seus stakeholders, ou seja, clientes,
fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. A empresa é considerada
ética se cumprir todos os compromissos éticos
que tiver, ou seja, agir de forma honesta com todos aqueles que têm algum tipo
de relacionamento com ela. Estão envolvidos neste grupo os clientes, os
fornecedores, os sócios, os funcionários, o
governo e a comunidade como um todo (TANSEY, 1995). A responsabilidade
social empresarial ou corporativa, desde o início da última década, vem sendo
discutida no meio acadêmico, porém, ganhou força no Brasil especialmente a
partir da criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, em
setembro de 1998. No meio empresarial ela tomou maior impulso com o surgimento
denormas e padrões de certificação social e
ambiental, tais como a Social Accountability 8000(SA8000), Account Ability 1000
(AA1000) e International Standard Organization 14000(ISO14000). Neste cenário mutante e demasiadamente complexo,
as organizações operam e lutam para se manter, para cumprir sua missão e
visão e para cultivar seus valores (KUNSCH,1974). Neste contexto de mudanças e
de transformações sociais, econômicas e tecnológicas pelo qual passam as
organizações, percebe-se a preocupação com o estabelecimento de padrões de
ética e responsabilidade social em suas atividades. Parece lícito afirmar que
hoje em dia as organizações precisam estar atentas não só às suas
responsabilidades econômicas e legais, mas também às suas responsabilidades
éticas, morais e sociais (ASHLEY, 2002). Por meio das considerações apresentadas
pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), pode-se
dizer que o fato de uma empresa oferecer o melhor produto ou serviço para
seus consumidores não quer dizer que ela tenha ética nas suas relações.
Principalmente se, por exemplo, no desenvolvimento de suas atividades, não se preocupar
com a poluição gerada no meio ambiente (SEBRAE, 2003). Além da preocupação com
o meio ambiente, para considerar que uma empresa tenha ética nas suas relações,
outro valor bastante importante é a transparência, principalmente em determinados
segmentos, tais como o tratado neste estudo. Se não tiver transparência na condução dos negócios a empresa pode ser
prejudicada. Um exemplo dado pelo SEBRAE (2003) é o das empresas que
sonegam informações importantes sobre seus produtos e serviços. Futuramente,
elas podem ser responsabilizadas por omissão.
8. REFERÊNCIAS
ASHLEY, Patrícia Almeida (coord).
Ética e responsabilidade social nos
negócios.
São Paulo: Saraiva, 2002.
Clippings
. Centro de Tecnologia
em Administração Funerária – CTAF
Disponível em:<www.funerarianet.com.br >
Website Acesso
em: 13 set. 2004. Empresa funerária dos EUA é acusada
de jogar cadáveres fora.
REUTERS – Internacional/USA. 20
dez. 2001.
Clippings – Website
www.funerarianet.com.br 13 set.2004.INSTITUTO ETHOS.
Indicadores Ethos de Responsabilidade
Social Empresarial.
2003. Disponível em:
<http://www.ethos.org.br> Acesso em: 05 jun. 2004. ÉTICO. A luta contra a
concorrência predatória. - Revista Ético, n. 1, ago. 2004
São Paulo: Instituto Ético, p. 18-21.INSTITUTO ETHOS/SEBRAE.
Ferramenta de Auto-Avaliação e Planejamento. Indicadores Ethos-Sebrae de
responsabilidade social empresarial para micro e pequenas empresas. São Paulo,
out. 2003. KUNSCH, Margarida M.K..
Gestão integrada da comunicação
organizacional e os desafios da sociedade contemporânea.
Revista
Comunicação e Sociedade, n° 32, UMESP, 2º semestre, 1999.
MENDONÇA, J. Ricardo C. de GONÇALVES,
Júlio César Santana. 2002. 12 f.
Responsabilidade social nas empresas:
uma questão de imagem ou de substância?
Artigo - ANPAD.
Universidade Federal de Pernambuco –Observatório/PROPAD/UFPE – Recife –PE. CD-ROM: MOREIRA, Carlos
Augusto Amaral C.
Considerações sobre a ética nas
empresas brasileiras, 2000. 10 f.
Artigo – ANPAD. Centro Universitário
Salesiano de São Paulo – UNISAL. São Paulo, 2000. 1 Cd-rom: NASH, Laura.
Ética nas empresas: boas intenções à
parte.
São Paulo: Makron Books,1993.PINEDO,
Victor. Ética e Valores nas Empresas: em direção às corporações éticas. São
Paulo: Instituto Ethos, out. 2003. Disponível em: <www.ethos.org.br>
Acesso em: 07 out. 2004. SANTARÉM, Robson.
Ética e Responsabilidade Social.
Nº 148, Rio de Janeiro, 2000. Disponível em:
<http://www.golfinho.com.br/diversos/leitores/etica.htm>. Acesso em: 22mai.
2004. SCHIFFMAN, L; KANUK, L. L.
Comportamento do consumidor.
Rio de Janeiro: LTC, 2000. ETHOS/SEBRAE.
Responsabilidade Social Empresarial
Para Micro e Pequenas Empresas: Passo a passo.
São Paulo: Instituto Ethos/Sebrae
Nacional, 2003. Sind. das Empresas Funerárias e Congêneres na Prestação de
Serviços Similares do Estado de Minas Gerais - SINDINEF. http://www.sindinef.com.br.
Clippings
– Website
www.funerarianet.com.br 13 set. 2004. TANSEY, Lori. (entrevistada
por Clayton Netz)
Exame Entrevista.
Dezembro, 1995. VALLS, Álvaro.
O que é ética.
9ª ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1996. ZOBOLI, Elma L. C. P.
Ética e Administração Hospitalar. São
Paulo: Loyola, 2002.
Assinar:
Postagens (Atom)