A preparação e conservação temporária do cadáver.
A TANATOPRAXIA
consiste num conjunto de técnicas que permitem parar qualquer risco de infecção
e de atrasar a Tanatomorfose. Foi possível registar numerosos casos de acidentes
infecciosos provocados por restos mortais. De fato as bactérias não patogênicas
num ser vivo perduram depois da morte. O cadáver constitui um perigo potencial
para a higiene e saúde pública. Os tratamentos de TANATOPRAXIA permitem a difusão no conjunto dos tecidos de uma dose
suficiente de um produto bactericida adaptado, cujo efeito é não somente
destruir as bactérias existentes, mas ainda estabelecer um ambiente asséptico
capaz de resistir a uma invasão micro bacteriana.
O tratamento de Restauração
(no caso do corpo se encontre mutilado no seguimento de um acidente ou de uma
autopsia) e de Cosmética permitem
restituir ao corpo de falecido uma aparência
calma e serena. De um ponto de vista psicológico a restituição do aspecto
natural dos traços de um defunto é de uma extrema importância para permitir
durante o período que procede o funeral diminuindo o sofrimento dos familiares.
O QUE É TANATOPRAXIA?
TANATOPRAXIA é a mais moderna técnica de conservação de corpos,
utilizada em quase todos os países do mundo. Não é necropsia nem retirada de órgãos.
A TANATOPRAXIA não traz apenas
vantagens à aparência da pessoa, oferece à família o melhor dos benefícios que
se constitui em recordar de seu ente querido como ele era verdadeiramente em vida. Isto, psicologicamente se
constitui de um valor incalculável.
Quando passamos pelo processo de perda de um ente querido, a
última aparência é aquela que fica para sempre na nossa memória. A realização da TANATOPRAXIA
se constitui num gesto de amor e carinho,
pois além de amenizar as transformações próprias do corpo sem vida, contribui
no processo de difícil adaptação da ausência do ser amado.
Trata-se de uma técnica que nos últimos anos, revolucionou o
setor funerário, que consiste na prática de higienização e conservação de
corpos humanos através da injeção de líquidos. O objetivo é proporcionar uma
melhor apresentação do corpo no momento do velório, tendo esta prática a tornar-se
num serviço essencial para o setor funerário.
A TANATOPRAXIA é
realizada com aplicação de produtos químicos no corpo do falecido, uma maneira
bem menos agressiva e mais eficaz, que os antigos métodos, como o
embalsamamento. Terminada a aplicação, o corpo fica com a aparência serena e
corada, como antes da morte.
Técnica que terá de ser feita em locais apropriados,
designados por tanatórios, tendo em conta todas as medidas de segurança.
O responsável pela TANATOPRAXIA
é o TANATOPRAXISTA, que para estar
apto para desenvolver essa função necessita de um curso técnico avançado, que é ministrado de várias formas e
entidades, relativamente a cada País.
PAPEL SANITÁRIO
A TANATOPRAXIA é uma completa desinfecção e conservação do cadáver.
O propósito prioritário da TANATOPRAXIA
é a desinfecção, destruindo assim uma vasta gama de microorganismos produtores
de muitas doenças.
Visto que, com o morrer da pessoa alguns
agentes patogênicos morrem de forma imediata, porém é bom ressaltar que tantos outros
sobrevivem e se reproduzem, além de vários outros surgirem (BACTÉRIAS
ANAERÓBICAS), até a completa decomposição do corpo, podendo assim contaminar
outras pessoas caso haja contato.
Também existe a possibilidade de
organismos AERÓBICOS (via aérea), serem transmitidos a terceiros.
Com a aplicação da TANATOPRAXIA
pode-se garantir as normas internacionais quanto ao transporte do cadáver tendo
sempre objetivo na preparação do mesmo para uma apropriada apresentação aos
familiares.
VANTAGENS SANITÁRIAS:
• Não há contágio de doenças;
• Não há odores;
• Não há secreção;
• Recupera-se a cor natural e a aparência do cadáver;
• Pode-se alongar o período de velório;
• Em caso de traslados, esses se tornam tranquilos.
EMBALSAMENTO E TANATOPRAXIA
Por motivos práticos e teológicos, a preservação do cadáver
é preocupação presente em quase todas as civilizações.
Embalsamar é a arte de preservar um corpo por
um longo período para velórios com mais de 24 horas de duração. Embalsamamento é o nome dado ao tratamento de um corpo morto para
esterilizá-lo ou protegê-lo da decomposição. Sua técnica, originada dos
egípcios, utiliza a retirada de órgãos e a
inserção de fluídos embalsamadores.
Etimologicamente TANATO, do grego “THÁNATOS”, significa
morte, na mitologia grega representa o Deus da Morte e PRAXE, do grego “PRÁXIS”,
representa o que se pratica habitualmente, a “ação”, a rotina. O conjunto, TANATOPRAXIA, no que diz respeito a
origem da palavra, significa “o que se
faz habitualmente diante da morte”, isto é, quais as providências que se
deve tomar frente ao fato ocorrido. Há muitos anos já se pratica a TANATOPRAXIA em outros países, que nada
mais é do que a denominação empregada para a técnica de preparação de corpos
humanos, vitimados das mais variadas formas de óbito.
Corresponde à aplicação de produtos químicos em corpos
falecidos, visando a sua desinfecção e o retardamento do processo biológico de
decomposição, permitindo a apresentação dos mesmos em melhores condições para o
velório.
Seu
princípio está na aplicação de um líquido conservante e desinfetante, que
devolve a aparência natural do corpo, evitando extravasamento de líquidos,
inchaço e garantindo um aspecto semelhante ao que apresentava em vida. Tem por
objetivo, ainda, evitar a propagação de moléstias contagiosas e doenças para a
comunidade, visto que com essa preparação o corpo recebe um tratamento especial
com substâncias germicidas.
As
diferenças fundamentais existentes entre EMBALSAMAMENTO e TANATOPRAXIA são:
- Ausência de evisceração (as vísceras são
mantidas nas próprias cavidades);
-
Metodologia (utilização de equipamentos modernos apropriados para injeção e
aspiração de líquidos);
-
Diferentes produtos químicos testados cientificamente são empregados neste
último processo (não se utiliza formol);
-
Não se retiram órgãos.
Através da TANATOPRAXIA,
é possível realizar a restauração facial e do corpo em caso de acidente;
permitir que a família possa permanecer mais tempo no velório; ou mesmo para
que o corpo possa ser transportado a grandes distâncias para o enterro, bem
como para cumprir com as determinações legais para o traslado.
O importante benefício social com a aplicação desta
metodologia pode ser observado entre os tempos onde não se praticava a TANATOPRAXIA e os dias de hoje. Na
grande maioria das vezes, pode-se atender às necessidades dos familiares, como
a preservação por um tempo mais prolongado de velório, em condições ambientais
normais, sem a necessidade de um sistema de refrigeração.
O tempo mínimo para a preparação de um corpo com “causas
mortis” natural varia de 60 a 90 minutos, dependendo de fatores intrínsecos e
extrínsecos que acometeram o corpo, ou seja: aonde, como e quando aconteceu o
óbito. Estas e outras variáveis existentes determinam o tempo de preparação,
que pode se estender a aproximadamente 4 (quatro) horas para o completo
processo de preservação corporal.
Amplamente difundida em todo Brasil, um exemplo mundialmente
conhecido da TANATOPRAXIA foi
realizado no corpo do Papa João Paulo II,
permitindo que as homenagens ao pontífice pudessem ser realizadas por um longo período
e sem mudanças quanto à sua apresentação pública, conforme programado para aquela
ocasião.
A TANATOPRAXIA,
realizada em ambiente equipado apropriadamente (TANATÓRIO), é desenvolvida por técnicos habilitados e especialmente
treinados (TANATOPRAXISTAS). Para estar apto a desenvolver essa função, o
profissional necessita de um curso técnico avançado, com aulas teóricas e
práticas.
NÍVEIS DE TANATOPRAXIA:
• Nível 1: recomendada
para corpos que serão velados por até 12 horas;
• Nível 2: recomendada para corpos que serão
velados por até 24 horas e traslados intermunicipais;
• Nível 3: recomendada para corpos necropsiados (IML /SVO) e para traslados interestaduais.