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terça-feira, 19 de abril de 2011

Idosa dada como morta se mexe em caixão, em Ipatinga - MG

Ao que se parece estão ficando "normais",  fatos como esse... Há 29 anos prestamos serviços funerários e estamos notando que nesses últimos tempos as coisas estão se complicando a cada dia. E como conhecedor desse segmento, aponto algumas observações: negligência médica, aumento da corrupção, falta de humanidade, entre outras.

Vivemos num mundo onde a ciência tem avançado de forma até assustadora, porém, os critérios éticos, morais e até religiosos têm-se alcançado a até ultrapassado os limites de todas as ciências em conjunto.

Nossas autoridades e nossos profissionais muitas das vezes querendo mostrar números em serviços e atropelam todas as esferas expostas no parágrafo anterior. Vivemos num mundo de competições e nessa corrida desvairada, o ser humano está ficando marginalizado.... Hora são vítimas de tráfico de órgãos e perdem suas vidas, hora de sequestros com fins lucrativos, mesmo que para exploração sexual. No início dessa semana um garoto haitiano fôra encontrado perdido perambulando pelas ruas de São Paulo.

Tal garoto até que se safou de alguma máfia, que assusta e faz a cada dia, mais vítimas. Espero que o mesmo consiga superar possíveis traumas.

Como prestador de serviços funerários há praticamente 30 anos, eu tenho dúvidas quanto a determinados casos. Nosso setor infelizmente não foge de possibilidades quanto a envolvimentos, coisa muito lamentável.

Veja abaixo, matéria na íntegra de um jornal regional:

Os familiares de Maria das Dores da Conceição, de 88 anos, estão indignados. A idosa estava internada no Hospital Municipal de Ipatinga e, nesta quarta-feira, recebeu um diagnóstico médico de óbito.

A comoção já havia tomado conta da família, mas quando o corpo estava na Funerária Paraíso, recebendo ornamentações dentro do caixão, os agentes funerários descobriram que Maria das Dores estava viva e acionaram a Polícia Militar, enquanto levavam de volta, às pressas, a paciente para o Hospital Municipal.

Segundo o cabo Reginaldo, da Polícia Militar, os agentes funerários perceberam sinais vitais na idosa, quando colocavam flores ao redor do corpo, dentro da urna. “O laudo médico indicava insuficiência respiratória da idosa”, relatou o policial militar.

O atestado foi assinado por volta das 16h10 de quarta-feira (22), às 19h a funerária pegou o corpo no HMI e por volta das 19h40, quando os agentes funerários iniciavam a ornamentação, descobriram que a mulher estava viva.

A família está revoltada com o ocorrido e quer a apuração de responsabilidade no caso.

O outro lado promete apuração rigorosa

Em nota divulgada na manhã de hoje, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde confirma que a idosa de 88 anos foi atendida na última terça-feira (21), às 9h50, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital Municipal de Ipatinga, onde foi prontamente atendida.

A paciente apresentava histórico médico de hipertensão arterial, doença vascular periférica obstrutiva e demência de alzhalmeir, além de ser acamada.

Na tarde de quarta-feira (22), a paciente não apresentou sinais vitais, sendo que recebeu o atestado de óbito às 16h50.

A família acionou o serviço funerário, quando naquele momento apresentou novos sinais e foi levada novamente ao Hospital, por volta de 20h30, onde recebeu de imediato atendimento médico. A paciente permanece na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Ainda segundo a nota, a Prefeitura de Ipatinga já solicitou à Polícia Civil a elucidação do ocorrido para que se apure de forma objetiva o caso. A direção do HMI esteve reunida com familiares da idosa e se colocou à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.

Fonte: Diário do Aço – Ipatinga MG

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