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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

LISTA DOS MORTOS DE SANTA MARIA - RS

LISTA DE MORTOS EM SANTA MARIA - RS

28 de Jan de 2013 - 07h15min


Secretaria da Segurança divulga lista final de vítimas identificadas do incêndio em Santa Maria

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou a identificação dos
corpos de 231 vítimas do incêndio que ocorreu na madrugada deste domingo
(27). Esta é a lista final das pessoas que foram identificadas no
Centro Desportivo Municipal de Santa Maria.

Identificados por reconhecimento
Alan Rembem de Oliveira
Alexandre Anes Prado
Alex Giacomelli
Alisson Oliveira da Silva
Allana Willers
Ana Carolini Rodrigues
Ana Paula Rodrigues
Ana Paula Anibaleto dos Santos
André Cadore Bosser
Andressa Roaz Paz
Andressa Thalita Farias Brissow
Andrieli Righi da Silva
Andrise Farias Nicoletti
Ângelo Nicolosso Aita
Ariel Nunes Andreatta
Augusto Cesar Neves
Augusto Malezan de Almeida Gomes
Augusto Sergio Krauspenhar da Silva
Benhur Retzlaff Rodrigues
Bernardo Carlo Robe
Bibiana Berleze
Brady Adrian Gonçalves Silveira
Bruna Brondani Pafhalia
Bruna Camila Graeff
Bruna Karoline Gecai
Bruno Kraulich
Camila Cassulo Ramos
Carlitos Chaves Soares
Carolina Simões Corte Real
Cássio Garcez Biscaino
Cecília Soares Vargas
Clarissa Lima Teixeira
Crisley Caroline Saraiva Freitas da Palma
Daniel Knabbem da Rosa
Daniel Sechim
Daniele Dias de Mattos
Danilo Brauner Jaques
Danriei Darin
David Santiago de Souza
Débora Chiappa Forner
Deives Marques Gonçalves
Diego Comim Silvéster
Dionatham Kamphorst Paulo
Douglas da Silva Flores
Elizandor Oliveira Rolin
Emerson Cardoso Pain
Erika Sarturi Becker
Evelin Costa Lopes
Fábio José Cervinski
Fernanda de Lima Malheiros
Fernanda Tischer
Fernando Michel Devagarins Parcianello
Fernando Pellin
Flávia Decarle Magalhães
Geni Lourenço da Silva
Gilmara Quintanilha Oliveira
Giovane Krauchemberg Simões
Greicy Pazzini Bairro
Guilherme Fontes Gonçalves
Guino Ramom Brites Burro
Gustavo Ferreira Soares
Heitor Teixeira Gonçalves
Helena Poletto Dambros
Helio Trentin Junior
Henrique Nemitz Martins
Herbert Magalhães Charão
Igor Stefhan de Oliveira
Ilivelton Martins Koglin
Isabela Fiorini
Ivan Munchem
Jacob Francisco Thiele
Jaderson da Silva
Janaina Portella
Jéssica Almeida Kongen
João Aluisio Treuliebe
João Carlos Barcellos Silva
João Paulo Pozzobom
João Renato Chagas de Souza
José Luiz Weiss Neto
José Manoel Rosa da Cruz
Juliana Moro Medeiros
Juliana Oliveira dos Santos
Juliana Sperone Lentz
Juliano de Almeida Farias
Karen Fernanda Knirsch
Kelen Aline Karsten Favarin
Kellen Pereira da Rosa
Kelli Anne Santos Azzolin
Larissa Hosbach
Lauriani Salapata
Leandro Avila Leivas
Leandro Nunes da Silva
Leonardo de Lima Machado
Leonardo Lemos Karsburg
Leonardo Machado de Lacerda
Leonardo Schoff Vendrúsculo
Letícia Vasconcellos
Lincon Turcato Carabagiale
Louise Victoria Farias Brissow
Luana Behr Vianna
Luana Faco Ferreira
Lucas Fogiato
Lucas Leite Teixeira
Luciane Moraes Lopes
Luciano Ariel Silva da Silva
Luciano Tagliapetra Esperidião
Luiz Antonio Xisto
Luiz Carlos Ludin de Oliveira
Luiz Eduardo Viegas Flores
Luiz Felipe Balest Piovesan
Luiz Fernando Riva Donate
Luiz Fernando Rodrigues Wagner
Luiza Alves da Silva
Maicon Afrolinario Cardoso
Maicon Douglas Moreira Iensen
Maicon Francisco Evaldt
Manuele Moreira Passamane
Marcelo de Freitas Salla Filho
Marcos André Rigoli
Marfisa Soares Caminha
Mariana Comassetto do Canto
Mariana Machado Bona
Mariana Moreira Macedo
Mariana Pereira Freitas
Marilene Iensen Castro
Marina de Jesus Nunes
Marina Kertermann Kalegari
Martins Francisco Mascarenhas de Souza Onofre
Marton Matana
Matheus Pacheco Brondani
Mauricio Loreto Jaime
Melissa Bergemeier Correia
Melissa do Amaral Dalforno
Michele Dias de Campos
Micheli Froehlich Cardoso
Miguel Webber May
Mirella Rosa da Cruz
Murilo de Souza Barone Silveira
Murilo Garcez Fumaco
Natana Pereira Canto
Natascha Oliveira Urquiza
Natiele dos Santos Soares
Odomar Gonzaga Noronha
Otacílio Altíssimo Gonçalves
Patrícia Pazzini Bairro
Paula Batistela Gatto
Paula Simone Melo Prates
Pedro de Oliveira Salla
Pedro Morgental
Rafael de Oliveira Dorneles
Rafael Dias Ferreira
Rafael Paulo Nunes de Carvalho
Rafael Quilião e Oliveira
Rafaela Schimidt Nunes
Raquel Daiane Fischer
Rhaissa Gross Cúria
Rhuan Scherer de Andrade
Ricardo Custódio
Ricardo Dariva
Ricardo Stefanello Piovesan
Robson Van der Hahn
Rodrigo Belling Hausen Bairros Costa
Roger Barcellos Farias
Roger Dallanhol
Rogério Cardoso Ivaniski
Rogério Floriano Cardoso
Rosabe Fernandes Rechermann
Ruan Pendenza Callegari
Sabrina Soares Mendes
Sandra Victorino Goulart
Shaiana Tauchem Antoline
Silvio Beurer Junior
Stefane Posser Simeoni
Suziele Cassol
Tailan Rembem de Oliveira
Taís da Silva Scaplin de Freitas
Taize Santos dos Santos
Tanise Lopes Cielo
Thais Zimermann Darif
Thanise Correa Garcia
Thiago Amaro Cechinatto
Tiago Dovigi Cegabinaze
Uberafara Soares Bastos Junior
Vagner Rolin Marastega
Vandelcork Marques Lara Junior
Vanessa Vancovicht Soares
Victor Datria Mcagnam
Victor Martins Shimitz
Vinicios Greff
Vinicios Paglnossim de Moraes
Vinicius Silveira Marques de Mello
Vinissios Montardo Rosado
Vitória Dacorso Saccol
Walter de Mello Cabistani

Identificados pela Perícia Necropapiloscópia
Andressa Ferreira Flores
Andressa Inaja de Moura Ferreira
Bárbara Moraes Nunes
Bruna Eduarda Neu
Carlos Alexandre dos Santos Machado
Cristiane Quevedo da Rosa
Daniela Betega Ahmad
Dulce Raniele Gomes Machado
Emili Contreira Ercolani
Ericson Ávila dos Santos
Felipe Vieira
Flávia Maria Torres Lemos
Franciele Soares Vargas
Francielli Araujo Vieira
FrancileVizioli
Gabriela Corcine Sanchotene
Gabriela dos Santos Saenger
Heitor Santos Oliveira Teixeira
Jennefer Mendes Ferreira
Julia Cristofali Saul
Larissa Terres Teixeira
Leandra Fernandes Toniolo
Letícia Ferraz da Cruz
Letícia Baú
Luiza Batistella Puttow
Maria Mariana Rodrigues Ferreira
Matheus de Lima Librelotto
Matheus Engert Rebolho
Merylin de Camargo dos Santos
Monica Andressa Glanzel
Neiva Carina de Oliveira Marin
Pâmella de Jesus Lopes
Paula Porto Rodrigues Costa
Priscila Ferreira Escobar
Sandra Leone Pacheco Ernesto
Taise Carolina Vinas Silveira
Viviane Tólio Soares

Fonte:  http://www.funerariagonzaga.com.br

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

GOLPEADO NA CABEÇA COM UMA URNA

Joel Perez deixou o irmão inconsciente ao acertá-lo
com uma urna funerária (Foto: Reprodução)
 


Um homem de Lorain, no estado de Ohio (EUA) foi acusado de golpear o irmão na cabeça com uma urna crematória, quebrando o recipiente e criando uma nuvem de cinzas humanas no local.
A polícia foi chamada para atender um caso de violência doméstica, e viram Joel Perez ameaçar de morte o irmão, e em seguida quebrar a urna na cabeça do homem, deixando-o inconsciente.
Os oficiais disseram que Perez resistiu à prisão, e precisou ser dominado com a ajuda de uma arma de choque. A polícia não informou qual era o motivo da discussão ou de quem eram as cinzas que estavam no recipiente.

Fonte: G1

MAIS DE R$ 1,25 MILHAO EM ENTERRO


Bilionário chinês gasta mais de R$ 1,25 milhão no enterro da mãe

Ele usou frota com oito limusines Lincoln e outros carros de luxo.
Funeral foi realizado em Wenling, na província chinesa de Zhejiang.

 

Funeral foi realizado nesta sexta-feira (4) em Wenling. (Foto: AFP)                          Funeral foi realizado nesta sexta-feira (4) em Wenling. 
(Foto: AFP)

Bilionário usou frota com oito limusines Lincoln e outros carros de luxo. (Foto: AFP)                                Bilionário usou frota com oito limusines Lincoln e outros carros de luxo. (Foto: AFP)




Um empresário chinês fez um enterro de luxo para sua mãe. Ele usou uma frota com oito limusines Lincoln e outros carros de luxo para transportar os membros da família. O bilionário gastou mais de 5 milhões de yuans (mais de R$ 1,25 milhão) no funeral realizado nesta sexta-feira (4) em Wenling, na província chinesa de Zhejiang.

Fonte: G1

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CORPOS DESIDRATADOS E APODRECENDO NO IML DE VALADARES

Debaixo de sol e do calor típico de Valadares, cadáveres ficam “DESIDRATADOS” no pátio do IML...Crise no órgão deixa cadáver ao ar livre.

 


GOVERNADOR VALADARES – 
Responsável por atender a uma população de 70
municípios no Leste de Minas, o Instituto Médico-Legal (IML) de
Governador Valadares está abandonado, funcionando de maneira precária. A
situação se repete na capital e em outras regiões do Estado.

Sem espaço suficiente na geladeira, um corpo não identificado
apodrecia, na semana passada, em um caixão no estacionamento do IML de
Valadares, perto da entrada do IML. Quem chegava ao local em busca de
algum serviço era recepcionado pelo mau cheiro e por urubus que rondavam
o prédio.

No refrigerador com capacidade para quatro cadáveres, nove estavam
amontoados. “Recentemente, encontramos o corpo de um andarilho que não
tinha identificação. Para colocá-lo na câmara fria, tivemos que deixar
de fora um cadáver mais antigo, que tinha menos chance de ser
reconhecido devido ao tempo que estava na geladeira”, disse o diretor do
IML de Valadares, Elsias Coelho Neto.

O corpo foi retirado da geladeira na quinta-feira da semana passada e
só foi enterrado uma semana depois, porque a prefeitura precisava de
autorização para fazer o sepultamento. Neto já avisou que, na falta de
local para colocar cadáveres, vai recorrer novamente ao “depósito” a céu
aberto.

Mais caixões

Para tentar liberar espaço na geladeira, o diretor do IML vai solicitar
à administração municipal nove caixões e sepultamentos em cova rasa.

Antes de deixar o instituto, as características dos cadáveres sem
identificação são registradas em um livro. “Fazemos ainda exame de DNA e
tiramos fotos para auxiliar em futuras identificações”, explica Elsias.

Na oficina 
Funcionários do IML também sofrem com a precária estrutura para
trabalhar. O rabecão que rodou até o início da última semana foi levado
para Belo Horizonte, depois de apresentar problema mecânico. Com isso,
os corpos que precisaram ser encaminhados para o instituto foram
transportados pelo serviço funerário da prefeitura.


Por causa da falta de veículos, na terça-feira, o cadáver de uma mulher
encontrado às margens do rio Doce, em Valadares, demorou uma hora e
meia para ser removido.

O cenário de abandono é completado pela falta de limpeza e carcaças de
veículos que se deterioram no estacionamento, servindo de criadouro do
mosquito da dengue. Na semana passada, seis meses após encaminhar ao
município um pedido de capina no instituto, detentos do presídio da
cidade foram levados ao local para cortar o mato.

Fonte: hojeemdia.com.br

domingo, 20 de janeiro de 2013

GATO VISITA TÚMULO DO DONO

Um gato vem trazendo pequenos presentes para o local onde seu dono foi enterrado há cerca de um ano na cidade de Montagnana, na Itália. O animal, que tem três anos e atende pelo nome de Toldo, faz isso todos os dias sem falta.

De acordo com nota do "Huffington Post", o dono do gato era Iozzelli Renzo, que morreu no dia 22 de setembro do ano passado, aos 71 anos.

Os presentes que Toldo leva para Renzo consistem em folhas, gravetos, galhos, copos de plástico e folhas de papel.

Tudo começou no dia do enterro, quando o gato seguiu o caixão da casa do dono até o cemitério. Na manhã seguinte, a viúva Ada foi ao local e encontrou um raminho de acácia no túmulo.

"Na hora pensei que tinha sido coisa do gato. Mas minha filha estava convencida de que eu estava muito emocionada e que não podia ter sido ele", contou. Na mesma noite, o filho de Renzo foi ao cemitério e encontrou Toldo montando guarda na tumba.

Desde então, vizinhos, parentes e amigos que vão ao cemitério ou passam perto do local vêem o gato rondando a sepultura.

Segundo Ada, seu marido e o gato tinham uma relação muito próxima desde que Renzo adotou o felino recém-nascido.
Fonte: Midianews, com informações do UOL


    

CABEÇAS HUMANAS APREENDIDAS

Polícia aeroportuária apreende 18 cabeças humanas enviadas a crematório

Peças foram apreendidas pela alfândega do aeroporto de Chicago.
Cabeças tinham sido enviadas por centro de pesquisa científica em Roma.

Da France Presse

As autoridades americanas tiveram que enfrentar nesta terça-feira um trâmite pouco comuml: despachar um carregamento de 18 cabeças humanas para seu destino final, um crematório. As cabeças foram apreendidas pelos inspetores no principal aeroporto de Chicago.

As cabeças, que estavam etiquetadas cada uma com nome e causa da morte, foram encontradas antes do Natal por funcionários da alfândega no aeroporto O'Hare de Chicago, após serem enviadas aos Estados Unidos por um centro de pesquisa científica em Roma, afirmou a porta-voz do serviço médico do condado de Cook, Mary Paleologos.
"As cabeças eram amostras anatômicas utilizadas para pesquisa que estavam adequadamente preservadas, envolvidas e rotuladas" quando desembarcaram em solo americano como um carregamento regular, em três contêineres em um voo da Lufthansa.
Mas quando as cabeças embalsamadas passaram pela máquina de raio-X do aeroporto O'Hare, foram apreendidas por funcionários da alfândega por problemas na documentação.
"Neste momento, estão esclarecendo a papelada" para que os contêineres possam seguir viagem até seu destino final, o serviço de cremação de Chicago, afirmou Paleologos à AFP.
Por enquanto, as cabeças permanecem armazenadas no instituto médico legal.

Fonte: G1

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ALGUNS IML'S EM ESTADO DE CALAMIDADE

Problemas passam ainda por câmaras quebradas e equipe reduzida.
G1 flagra cenas de irregularidades; Estado promete mudanças.

 

Corpos abandonados no chão, armazenados em uma sala sem refrigeração e o uso de serrotes e bases de madeira — métodos considerados obsoletos — para fazer exames necroscópicos. Macas enferrujadas que ficam em salas sujas, com insetos e que têm lixo contaminado guardado de forma irregular.

Sujeira no IML de Jacareí que fica fechado durante
todo o dia. (Foto: Carolina Teodora/G1)

 Essas são algumas das situações encontradas pelo G1 em quatro unidades do Instituto Médico Legal (IML) do Vale do Paraíba — São José dos Campos, Jacareí, Pindamonhangaba e Taubaté, todas no interior de São Paulo. Juntos, estes institutos foram responsáveis por emitir mais de 18 mil laudos sobre a causa de morte e de corpo de delito em 2012.

Serrotes - Fferramentas nada recomendável para se usar em necropsias.

 

Entre as irregularidades flagradas pelo G1 está a chegada de um corpo no IML de Taubaté que está interditado pela Vigilância Sanitária há mais de um ano — desde novembro de 2011. Segundo os funcionários, a prática é irregular, mas é necessária diante da falta de vagas no IML de Pindamonhangaba — que ficou responsável por acumular o serviço da equipe de Taubaté desde a interdição.
O G1 apurou que o IML de Taubaté recebeu irregularmente cerca de 20 corpos em 2012. A Vigilância Sanitária do Estado informou nesta sexta-feira (17) que para a desinterdição do IML de Taubaté é necessária a conclusão das readequações na área física da unidade. A pasta não informou quais readequações serão realizadas nem o prazo para as obras.

Taubaté

Além de estar interditado por falta de estrutura, o IML de Taubaté é um exemplo também de desperdício de dinheiro público. O local conta com equipamentos modernos que nunca foram utilizados e estão acumulando ferrugem e poeira. Exemplo disso são as duas câmaras frias, que têm capacidade para receber seis corpos, compradas pelo Estado em 2012 por R$ 121 mil — já quando a unidade estava interditada. O equipamento nunca entrou em operação e já está enferrujado.

Pindamonhangaba

Enquanto isso, na unidade de Pindamonhangaba que acumula o atendimento de Taubaté, uma das geladeiras está quebrada o que reduz a capacidade de armazenar corpos na refrigeração. "Às vezes colocamos dois corpos na mesma gaveta", disse uma funcionária. No local, também são utilizados serrotes e bases de madeira para a realização de necropsias.

Jacareí

A sala de necropsia de Jacareí é a pior entre as unidades visitadas pela equipe de reportagem. No dia em que a reportagem esteve no local, na última sexta-feira (11),  um corpo carbonizado estava no chão porque não tinha espaço na câmara fria. A porta da sala de necropsia não fecha e os exaustores não funcionam. A câmara fria do IML de Jacareí conta com apenas quatro gavetas - mesma capacidade desde a década de 80.

São José dos Campos

Quando chove, o corredor que dá acesso à sala de necropsia do IML de São José dos Campos, principal cidade do Vale do Paraíba, sofre com goteiras já que o forro do telhado está quebrado em alguns locais. Um dos banheiros utilizado pelo público também não funciona. As portas de acesso às salas de necropsia não fecham.

Raio X

O G1 apurou também que não existe nenhum aparelho de raio X nos IMLs da região — que conta ainda com unidades em Cruzeiro, Guaratinguetá e São Sebastião. A falta do aparelho faz com que não seja identificada a causa da morte de parte das vítimas de  homicídio — principal responsabilidade do IML.
“A gente acaba demorando muito para achar o projétil no corpo e, por muitas vezes, nem encontramos e por isso não conseguimos apontar com exatidão a causa da morte. Daí, colocamos no laudo que não foi localizado [o projétil] apesar da exaustiva procura e o médico reforça que não temos raio X”, disse uma funcionária do IML de São Sebastião, que pediu para não ter o nome divulgado.
Um médico do IML de São José dos Campos, que também pediu para não ter o nome revelado, afirmou que a falta de raio X faz com que o resultado do exame seja ‘intuitivo’. “Há menos de uma semana tinha um cara baleado. Falei para o auxiliar olhar no braço e lá tinha [a bala]. Mas é quase intuitivo, com base na experiência”, disse o médico.
Além da falta de raio X, o IML de São José dos Campos, principal cidade da região, tem goteiras por conta da falta de forro em alguns locais. Também não tem nenhuma segurança, como policiais ou guardas-civis municipais, e as portas da área de acesso e da própria sala de exame necroscópico estão com a fechadura quebrada, apesar da placa na própria porta informando ‘mantenha a porta fechada’.
Existem poucas viaturas para as equipes de necropsia e as que existem têm a manuteção custeada pelos próprios servidores. "É uma burocracia muito grande e eu acabo pagando do meu bolso a manutenção. Temos apenas uma viatura e se ela ficar parada, não temos como trabalhar", afirmou Reginaldo dos Santos, auxiliar de necropsia.

Médicos

O problema da falta de estrutura das unidades é agravado pela equipe médica reduzida e pelo descumprimento do horário de plantão de parte destes especialistas.
Levantamento feito pelo G1 em todas as sete unidades da região mostra que existem apenas 34 médicos, 22 auxiliares de necropsia e 17 atendentes de necrotério para atender os 39 municípios da região. Parte desses profissionais estão afastados por doenças ou férias.

Espera

A precariedade afeta diretamente a vida das pessoas que, enquanto sofrem a dor de perder um parente, esperam até 15 horas pela liberação do corpo para iniciar o velório. A empresária de Taubaté Sandra Sousa Lima Monteiro, de 41 anos, passou por essa situação. Ela perdeu a prima de 10 anos em um acidente de carro na última quinta-feira (10) e esperou 17 horas para iniciar o velório.

“Agora as pessoas precisam ter horário para morrer? Disseram que não tinha médico para fazer o exame. O acidente ocorreu às 15h30 da quarta e o corpo só foi liberado às 10h20 de quinta, isso porque procuramos alguns amigos da família para nos ajudar a acelerar o processo”, afirmou Sandra.

Outro lado

A Secretaria de Segurança Pública informou que fará ações imediatas para resolver a situação dos IMLs do Vale do Paraíba. A pasta informou que iniciou a elaboração de um relatório sobre a situação das unidades.
A SSP informou ainda que abriu licitação para instalar um sistema de exaustão no IML de Taubaté, para que o local seja liberado para realizar necropsias. Celso Perioli, comandante da Polícia Técnico-Científica no estado, disse ainda que a limpeza das unidades é de responsabilidade das prefeituras. "Eu me sinto indignado porque na verdade a gente preza para ter as unidades à altura da instituição", disse Perioli.
Sobre a falta de raio X, ele disse que o estado não conta com técnicos especializados em operar os aparelhos e que por isso não existem equipamentos nos institutos. Perioli disse ainda que abriu concurso público para aumentar a equipe de profissionais no Estado e que os novos profissionais devem começar a trabalhar em cinco meses.
As prefeituras de São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba foram procuradas para comentar o assunto. A Prefeitura de São José dos Campos informou apenas que se a polícia solicitar apoio da Guarda Municipal o pedido será analisado.
A Prefeitura de Taubaté informou que  a situação do IML vem desde a última gestão, mas que o novo governo iniciou um levantamento das demandas do departamento. A Prefeitura de Jacareí foi procurada nesta sexta-feira (17), mas não respondeu a reportagem. A Prefeitura de Pindamonhangaba informou que a geladeira que estava com defeito foi enviada para manutenção e a liberação de uma nova geladeira comprada no ano passado.
 
Fonte: G1.com

CAIXÕES FORA DAS SEPULTURAS EM TUBARÃO - SC

A tubaronense Nadia Cabreira Vieira reside próximo ao cemitério municipal e relata que há alguns dias vários restos de caixões e sacos plásticos foram colocados em um canto do cemitério. “Eu levei um susto, tem até um caixão inteiro de criança. Nos sacos de lixo, eu não sei o que tem, espero que não seja ossada humana”, lamenta a moradora.





De acordo com um dos coveiros que trabalham no local, depois da limpeza feita nos túmulos, os restos de caixões são depositados em um local dentro do próprio cemitério, para que depois possam ser recolhidos pela prefeitura. O diretor de obras da secretaria de infraestrutura, Adriano Holthausen, explica que o recolhimento é feito com frequência.

”Nós recolhemos conforme for a demanda da semana, nunca deixamos muito tempo, mas na segunda ou terça-feira vamos fazer uma limpeza geral no cemitério e também recolher esses resíduos”, garante.

Os restos de caixões são depositados em uma caixa no cemitério Horto dos Ipês, no bairro Monte Castelo, e depois recolhidos por uma empresa especializada, que faz a incineração dos resíduos.

Muito lixo é retirado do cemitério de Capivari de Baixo

Servidores da secretaria de desenvolvimento rural da prefeitura de Capivari de Baixo limparam ontem o cemitério municipal. Foram retirados do local centenas de quilos de lixo. O trabalho também foi feito no caminho entre o cemitério e a capela funerária. 

O secretário da pasta, Luiz Gonzaga Rodrigues, o Luizinho, revela que os canteiros e laterais da capela serão revitalizados hoje. “Apesar da deficiência que ainda temos em equipamentos e materiais, nossa secretaria está fazendo todo o esforço possível para que as coisas fiquem dentro da normalidade”, ressaltou.

Fonte:  www.radiosc.com.br


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

BRIGA DE FUNERÁRIAS

Funcionários de funerárias brigam em frente ao Pronto-Socorro de VG

Disputa era pelo corpo de uma mulher de 65 anos

Dois funcionários de duas funerárias se envolveram em uma briga na noite de ontem (12), por volta das 23h, em frente ao Pronto-Socorro de Várzea Grande. A confusão começou por causa do corpo de uma mulher de 65 anos, que morreu após uma queda.

C.C., de 42 anos, de uma funerária em frente ao PSVG,  e J.R.S., de 47 anos, de uma empresa do bairro Cristo Rei, começaram a brigar depois que este último disse que o plantão era dele e que, por isso, a empresa iria fazer os serviços funerários.

Depois que a briga entre os dois começou, policiais civis que chegavam ao Pronto-Socorro para fazer a liberação do cadáver da mulher foram chamados.

Segundo os policiais, o representante da funerária do bairro Cristo Rei disse que o concorrente tinha "atravessado" a vez dele. O outro envolvido na confusão argumentou que a vítima era parente dele e que ele foi procurado por familiares.

Os dois foram levados até a Central de Flagrantes, mas não quiseram representar um contra o outro e foram liberados.
Fonte: midianews.com.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

CAIXÕES NA RUA DE ITACARAMBI - MG

Caixões são jogados em rua de Itacarambi (Foto: Internauta VC no G1) 


Internauta enviou fotos dos objetos deixados no bairro Lago Sul.
Rua ficou deserta depois da aparição dos caixões.

Vailton Ferreira Internauta, Itacarambi, MG

Na manhã desta terça-feira (8), dezenas de caixões apareceram amontoados na rua do bairro Lago Sul, em Itacaramb, no Norte de Minas Gerais. A população da cidade está assombarada com o misterioso fato, uma vez que nenhuma funerária assumiu ter jogado fora os caixões.

Caixões são jogados em rua de Itacarambi
(Foto: Vailton Ferreita/ VC no G1)
 
 
O intenauta Vailton Ferreira enviou algumas fotos do material jogado e disse que a rua, que era bem movimentada, ficou deserta. "Ninguém mais passa por ali, enquanto os caixões estiverem amontoados", diz.
O internauta conta ainda que os moradores estão com medo e disseram que nunca viram nada parecido. "No meio do entulho haviam dois caixões de criança em bom estado de conservação e nenhuma funerária apareceu para dizer alguma palavra", afirma.

Nota da Redação:

O secretário de governo, Kléber Moreira, informou que a prefeitura da Itacarambi está apurando quem é o responsável por jogar fora os caixões.
"Existe uma suspeita, por parte dos moradores, de que uma funerária, que fechou o ano passado, tenha jogado os caixões na rua, mas é só uma suspeita. Estamos providenciando o Boletim de Ocorrência para que o responssável retire os objetos da rua.
A prefeitura de Itacarambi está em estado de calamidade pública, por isso estamos priorizando outras ações, como limpeza pública, com a retirada de lixo orgânico, e resolvendo questões hospitalares, por isso estamos procurando o responsável, para que ele mesmo faça a limpeza. Caso contrário, a prefeituta fará a retirada dos caixões e a limpeza do local", disse.

Fonte: G1
 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CEMITÉRIO ÁREA NOBRE - GOV. VALADARES

ÁREA NOBRE DE VALADARES VIRA CEMITÉRIO

Por incrível que pareça, temos uma "sepultura" bem no centro de Governador Valadares / MG.

Tal obra foi realizada em dezembro de 2012 e pelo que parece permanecerá por muito tempo, até porque cemitérios são de uso perpétuos.

                      "NÃO SEI INFORMAR SE HOUVE LICITAÇÃO".




sábado, 5 de janeiro de 2013

PROIBIDA A ENTRADA DE AGENTES FUNERÁRIOS

Na última semana do ano, a promotora pública Luciana Cano Casarotto deixou ajuizada uma ação civil contra a Santa Casa de Caridade de Bagé/RS. Na ocasião salientou que o objetivo é fazer com que a instituição de saúde evite que as agências funerárias do município atuem dentro do hospital, interceptando as pessoas.
Conforme o provedor da Santa Casa, Luiz Alberto Vargas, os agentes funerários são proibidos de agir dentro do hospital. Ele informa que quando há os casos de óbito, os familiares escolhem a funerária que prestará o serviço. Vargas explica que os agentes podem transitar no local para buscar assinaturas de médicos que atestam o óbito. "O corpo é retirado pelo lado de fora do prédio, não é preciso circular por dentro da instituição", afirma. 

O que dizem asfunerárias:

Segundo o proprietário da funerária São Sebastião, José Luís das Chagas Gusmão, a diretoria da instituição de saúde dificulta o trabalho de outras funerárias e facilita a entrada da funerária da Santa Casa. Ele conta que foi o autor da denúncia junto à promotoria porque acredita ser um abuso da instituição. "Levamos testemunhas à promotoria as quais foram praticamente obrigadas a utilizar o serviço da funerária da Santa Casa", desabafa. Gusmão comenta que é injusto com as empresas que prestam o serviço.
Já a responsável pela funerária São José, Catiúcia Anselmo, salienta que o serviço é prestado quando há interesse do familiar e somente procuram o hospital no caso de precisar de assinatura de algum documento. Ela comenta que, em Bagé, não há uma lei que regulamente os serviços funerários e gostaria que fosse criada uma central de óbitos, através da qual cada funerária atendesse um óbito. Desta forma, todas as empresas teriam oportunidades iguais. "Os telefones de todas as funerárias deveriam ficar expostos, dentro do hospital, para que as famílias pudessem escolher", disse.
Para o diretor administrador do cemitério da Santa Casa, Mário Emir Mansur Lucas, "quando uma pessoa vai a óbito, alguma funerária tem que prestar o serviço". Ele comenta que, normalmente, as pessoas pedem para ser atendidas pela funerária da Santa Casa por já ter tido algum vínculo com a empresa. "O serviço já é conhecido, é o mais antigo de Bagé e têm as capelas e cemitério que permitem que as pessoas não tenham envolvimento maior nesses momentos difíceis". Conforme Lucas, a família tem livre escolha e o serviço somente é acionado com o consentimento dos familiares. "Temos os mesmos direitos e deveres que as demais funerárias", disse. 

Fonte:  http://981fm.com.br

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

ÉTICA EM FUNERAIS E RESPONSABILIDADE SOCIAL



 

Responsabilidade Social e Ética nos Serviços Funerários

Autoria: Breyner Estanislau Silva de Carvalho

RESUMO
O presente artigo tem o intuito de apresentar os resultados do estudo a respeito do posicionamento das organizações funerárias diante da preocupação com a Responsabilidade Social e a Ética. Os serviços funerários atuam junto aos seus clientes em ocasiões de extrema fragilidade emocional, consequência da perda de entes queridos, e como tal, os conceitos éticos e de responsabilidade social, parecem assumir uma dimensão maior e, portanto passível de análise. O trabalho aborda conceitos contemporâneos do tema sob a visão de alguns autores, quanto à Responsabilidade Social externa e interna das organizações e as orientações éticas corporativas, em função dos aspectos culturais, econômicos e políticos. Neste sentido procura-se confrontar visões conceituais com evidências dos serviços funerários prestados em nosso país e igualmente em países como a Itália e Estados Unidos. O estudo conclui que o segmento funerário tem buscado cada vez mais a profissionalização, o que não era uma preocupação do setor há poucos anos atrás. Procura-se também identificar a regulamentação vigente do setor, em busca do compromisso ético com as comunidades. Porém este movimento está longe de dizimar algumas barbáries que alguns cidadãos ainda sofrem diante da perda de seus entes queridos no trato com as organizações funerárias. Por fim, pretendeu-se iniciar uma discussão, identificando as fragilidades do serviço funerário e enfatizando os esforços que o setor tem feito em busca da profissionalização.

1. INTRODUÇÃO

Identificar as fragilidades e deficiências dos serviços prestados pelas empresas funerárias motiva a busca do entendimento da real importância da profissionalização do setor, visto que qualquer pessoa é potencialmente cliente dos serviços destas empresas. A empresa funerária tem uma importância social que vai além das diretrizes e estratégias organizacionais gerais e como tal, deve, sobretudo, se preocupar com os preceitos éticos e com a responsabilidade social no exercício de suas atividades. Desta maneira, como uma empresa prestadora de serviços funerários pode contribuir para o desenvolvimento da ética e do comprometimento com a responsabilidade social, sendo que o serviço oferecido é direcionado a clientes que se encontram em momentos de demasiada fragilidade emocional? É o que se pretende apresentar com este trabalho, o qual tem como objetivo contextualizar as ações das empresas funerárias no campo da Ética e da Responsabilidade Social.

2. ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL – A IMPORTÂNCIA NO NOVO CENÁRIO EMPRESARIAL

Atualmente as pessoas, em geral, apresentam uma maior preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida, consubstanciadas numa ética de valorização do ser humano, ao invés do padrão de produção capitalista, o qual prega a realização econômica em detrimento da realização pessoal. Há também uma maior conscientização da importância da participação das empresas na preservação do meio ambiente, da participação dos trabalhadores na tomada de decisão e nos resultados da atividade produtiva e da necessidade de melhoria dos padrões de qualidade de vida da comunidade que com que ela se relaciona. Esse contexto tem trazido a discussão sobre ética e responsabilidade social das empresas para a literatura econômica, administrativa e jurídica, sem contar que, tradicionalmente, esses temas são abordados por filósofos e sociólogos. A inclusão destes temas tem colaborado, inclusive, para o surgimento de associações empresariais e acadêmicas envolvidas na disseminação de práticas eticamente corretas e socialmente responsáveis. O benefício da realização dessas práticas ocorre não somente para as organizações envolvidas, mas também para todos os envolvidos ou impactados pelas atividades econômicas levadas a cabo pelo setor empresarial, os chamados stakeholders. Assim, tem sido possível a uma parcela significativa da sociedade, adquirir conhecimentos sobre ética. Ao mesmo tempo a sociedade pode esperar, e exigir, das empresas que elas contribuam para o desenvolvimento da comunidade, sendo socialmente responsáveis.
2.1 Ética

A ética, como reflexão científica e filosófica, estuda os costumes e normas de comportamento. No presente trabalho essas normas de comportamento serão analisadas no contexto corporativo. Considerando o contexto social, pode ser dito que os valores éticos são passíveis de transformações, assim como as sociedades se modificam. Essas diferenças se dão em épocas e sociedades distintas. Não são apenas os costumes que variam, mas também os valores que os acompanham, as próprias normas concretas, os próprios ideais e a própria sabedoria (VALLS,1996). Assim, para compreensão da ética vigente em uma sociedade, sob a ótica dos filósofos, é necessário estudar pinturas, esculturas, leis, livros de medicina, etc. Mas as preocupações no estudo da ética vão muito além das variações dos costumes, chegando à formulação de princípios universais. Uma boa teoria ética deveria atender à pretensão de universalidade, ainda que simultaneamente capaz de explicar as variações de comportamento, características das diferentes formações culturais e históricas (VALLS,1996). Filósofos como Sócrates e Kant preocuparam-se com este caráter universal da ética. Entre as tendências atuais valoriza-se a posição da liberdade como um ideal ético, privilegiando o aspecto pessoal da ética. Outra perspectiva aponta a ética nas relações sociais, tendo como ideal ético o de uma vida social mais justa. Para Valls (1996), a ética preocupa-se com as formas humanas de resolver as contradições entre necessidade e possibilidade, entre tempo e eternidade, entre o individual e o social, entre o econômico e o moral, entre o corporal e o psíquico, entre o natural e o cultural e entre a inteligência e a vontade. Algumas noções, mesmo que ainda abstratas, permanecem firmes no campo da ética, como a distinção entre o bem e o mal, ou seja, entre o que é certo e o que é errado dentro de uma organização. Ainda segundo Valls, hoje os grandes problemas de ética encontram-se em três esferas: família, sociedade civil e Estado. Assim, despertar uma consciência eticamente crítica nas pessoas é o desafio que pode ajudá-las a assumir uma vida de maneira mais ética, e, neste sentido, mais livre e mais humana. Muitas são as razões que têm levado as organizações a se preocuparem em promover a ética no ambiente empresarial. Dentre elas: os custos de escândalos nas empresas, acarretando perda de confiança na reputação da organização, multas elevadas, desmotivação dos empregados, entre outras (TANSEY, 1995). Entretanto, para analisar a ética no universo corporativo faz-se necessário, inicialmente, compreender a sua dimensão nas empresas. Ética dos negócios é o estudo da forma pela qual as normas morais pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um gerente desse sistema (NASH, 1993). A ética é um fator relevante para garantir a competitividade da empresa. No entanto, ter padrões éticos significa ter bons negócios em longo prazo. Existem estudos, por exemplo, o mencionado por Pinedo (2003) indicando a veracidade dessa afirmativa. Segundo ele, em estudo realizado pela Universidade de Harvard, empresas éticas e maduras têm resultados 60% melhores que as menos éticas. Na maioria das vezes, contudo, as empresas reagem a situações de curto prazo (TANSEY, 1995). Para Nash (1993), empresas preocupadas com padrões de conduta ética em seu relacionamento com clientes, fornecedores, funcionários e governantes, ganham a confiança de seus clientes e melhoram o desempenho dos funcionários. Segundo Tansey (1995), assim como qualquer comportamento ou cultura adotada pela empresa, a postura ética deve vir da alta administração, ou seja, é a direção quem deve dar o exemplo aos seus colaboradores. Um dos principais profissionais multiplicadores da postura ética é o Executivo de Relações Públicas, visto que ele tem o papel de estabelecer o relacionamento da organização com seu público e com a fundamentação da ética. Segundo Nash (1993), cumprir essa responsabilidade exige, no mínimo, uma investigação e um posicionamento explícito sobre os aspectos éticos da atividade empresarial, desde a estratégia até a folha de pagamento. A atuação da empresa no mercado também deve ser considerada, pois a sua forma de agir neste ambiente provoca reflexos internos, segundo Tansey (1995). Para a autora, não se pode exigir conduta ética dos funcionários se a empresa está viciada em procedimentos condenáveis. Os padrões éticos da companhia são a base do comportamento dos funcionários. Um dos problemas que prejudicam a postura ética nas organizações é a burocracia com que elas executam suas funções. Segundo Tansey (1995), burocracia demais atrapalha. Como são muitas as instruções a serem observadas, existe sempre a possibilidade das empresas não cumprirem uma delas. Além da burocracia, levantada por Tansey, outros obstáculos à implantação da ética nas organizações foram levantados por Zoboli (2002). São eles:
• Imposição de regras sem intenção de considerá-las e o uso da missão da empresa apenas como conveniência: - Esses obstáculos se apresentam quando a missão da empresa não representa claramente a meta e a finalidade da organização, mas expressam um conjunto de normas e regulamentos, os quais não justificam os resultados buscados.
• Alcance de objetivos a qualquer preço: - Acontece quando a organização busca realizar as suas metas sem o respeito aos valores e direitos partilhados com a sociedade na qual está inserida. O bem comum pode ser assegurado pelo uso de procedimentos idôneos.
• Impaciência e pressa para alcançar os objetivos organizacionais: - Estas se constituem fatores para a negligência no trato de questões éticas nas organizações, o que pode por em risco a satisfação de clientes e colaboradores, podendo levar a um ciclo negativo e vir a afetar os resultados da organização.
• Perversidade: - Relação assimétrica e desigual, baseada na racionalidade destrutiva. Acontece quando a organização isola-se das necessidades e demandas sociais, levando ao esquecimento da sua missão e desmotivação dos seus integrantes. Os envolvidos podem assumir um comportamento que justifica a  desigualdade, chegando a considerá-la normal ou nem percebê-la. Um exemplo clássico desta perversidade é representado pela corrupção social, a qual provoca uma mudança arbitrária de valores. As organizações que adotam a ética como substância das suas relações e realização de resultados são organizações que capacitam as pessoas a demonstrarem um comportamento maduro. Este tipo de comportamento é demonstrado pela reflexão a respeito dos bens internos, das atividades e dos meios adequados para atuarem rumo à consecução da ética no ambiente organizacional. Decorrente dessa reflexão surge uma atuação balizada pela responsabilidade que a organização para com a sociedade.
2.2 - Responsabilidade Social Empresarial

Moreira (2000) retrata o modismo que leva as empresas brasileiras a discursarem sobre ética e desenvolverem códigos de comportamento para seus funcionários. Apontando paradoxos, o autor demonstra a constante evidência de casos e “causos” de violação de princípios éticos elementares e afirma que tal paradoxo torna-se inteligível quando são examinados os traços básicos da cultura nacional (como o formalismo, as esferas culturais da casa e da rua, o jeitinho, entre outros) e se admite a influência de tais traços nas organizações instaladas no país. Melo Neto e Froes (apud MENDONÇA e GONÇALVES, 2002) afirmam que houve uma mudança no foco da responsabilidade social corporativa, das ações meramente filantrópicas para ações mais substanciais que proporcionem o desenvolvimento social. Conforme Mendonça e Gonçalves (2002), atualmente muitas empresas brasileiras buscam legitimidade através de ações de cunho social por reconhecerem e/ou acreditarem que estas ações podem ter impactos positivos na imagem da organização. Os autores pressupõem a existência de organizações que desenvolvem ações sociais condizentes com seus valores organizacionais. Porém, outras parecem objetivar a criação de uma imagem de responsabilidade social estabelecendo uma estratégia mercadológica não condizente com os valores e práticas da organização. Segundo Moreira (2000), atualmente, na sociedade brasileira encontram-se sinais dos fatores que desencadearam mundialmente as preocupações com a ética e a responsabilidade social nos negócios. Estes são: as pressões pela conservação do meio ambiente, o fortalecimento dos movimentos de defesa do consumidor, as denúncias sobreirresponsabilidades no setor da saúde, os esforços contra o trabalho infantil e outros. Assim, as empresas têm dado maior importância às posturas éticas em relação aos seus funcionários e à comunidade em geral, por meio da divulgação de seus códigos internos de ética, projetos de reflorestamento, fundações educacionais e engajando-se em atividades filantrópicas. Acredita-se que esta postura é determinante para consolidar uma imagem positiva perante clientes e funcionários e, por sua vez, fundamental para a perenidade da empresa. A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) tem como fundamento o compromisso ético da empresa para com seus stakeholders, ou seja, clientes, fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. A empresa é considerada ética se cumprir todos os compromissos éticos que tiver, ou seja, agir de forma honesta com todos aqueles que têm algum tipo de relacionamento com ela. Estão envolvidos neste grupo os clientes, os fornecedores, os sócios, os funcionários, o governo e a comunidade como um todo (TANSEY, 1995). A responsabilidade social empresarial ou corporativa, desde o início da última década, vem sendo discutida no meio acadêmico, porém, ganhou força no Brasil especialmente a partir da criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, em setembro de 1998. No meio empresarial ela tomou maior impulso com o surgimento denormas e padrões de certificação social e ambiental, tais como a Social Accountability 8000(SA8000), Account Ability 1000 (AA1000) e International Standard Organization 14000(ISO14000). Neste cenário mutante e demasiadamente complexo, as organizações operam e lutam para se manter, para cumprir sua missão e visão e para cultivar seus valores (KUNSCH,1974). Neste contexto de mudanças e de transformações sociais, econômicas e tecnológicas pelo qual passam as organizações, percebe-se a preocupação com o estabelecimento de padrões de ética e responsabilidade social em suas atividades. Parece lícito afirmar que hoje em dia as organizações precisam estar atentas não só às suas responsabilidades econômicas e legais, mas também às suas responsabilidades éticas, morais e sociais (ASHLEY, 2002). Por meio das considerações apresentadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), pode-se dizer que o fato de uma empresa oferecer o melhor produto ou serviço para seus consumidores não quer dizer que ela tenha ética nas suas relações. Principalmente se, por exemplo, no desenvolvimento de suas atividades, não se preocupar com a poluição gerada no meio ambiente (SEBRAE, 2003). Além da preocupação com o meio ambiente, para considerar que uma empresa tenha ética nas suas relações, outro valor bastante importante é a transparência, principalmente em determinados segmentos, tais como o tratado neste estudo. Se não tiver transparência na condução dos negócios a empresa pode ser prejudicada. Um exemplo dado pelo SEBRAE (2003) é o das empresas que sonegam informações importantes sobre seus produtos e serviços. Futuramente, elas podem ser responsabilizadas por omissão.


8. REFERÊNCIAS
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