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segunda-feira, 25 de junho de 2012

11 HORAS PARA SE RECOLHER UM CORPO


A família de uma pessoa que morre em casa na cidade de São Paulo pode esperar até 11 horas para ter o corpo retirado pelo Serviço Funerário.
O problema acontece por falta de carros que fazem o recolhimento e o traslado de corpos para o SVO (Serviço de Verificação de Óbito).
Hoje, de acordo com funcionários do Serviço Funerário Municipal, a frota conta com apenas quatro rabecões (veículos próprios para esse tipo de serviço) para cobrir toda a capital. Dois deles estão inutilizados.
No dia em que a reportagem esteve na sede do serviço, havia apenas um rabecão em atividade -o outro estava na oficina para reparos.

KOMBIS ADAPTADAS
 
Os funcionários disseram ainda que, por conta da falta de veículos apropriados, peruas Kombi estão fazendo esse tipo de transporte de modo improvisado.
O procedimento tem incomodado motoristas e funcionários. "Esses carros não têm refrigeração adequada nem compartimentos. Como são corpos que não têm a causa da morte atestada, os funcionários podem ser, inclusive, infectados", diz um servidor.
A ajudante-geral Rosemeire Seixas Gonçalves, 33, teve de esperar cerca de 11 horas para ter o corpo da mãe removido de sua casa, no Jardim Boa Vista (zona oeste de São Paulo). Segundo ela, a família ligou para o serviço funerário por volta das 12h. Esperou até as 22h30.
"Foi horrível. Minha mãe ficou jogada no chão da sala por todo esse tempo. Nunca imaginei que demorasse tanto. Acho um desaforo".
O problema já virou alvo de uma investigação da Comissão de Administração Pública da Câmara.
"Encontramos um local degradado, com estrutura precária, salas com equipamentos antigos e uma oficina cheia de carros largados por falta de peça", diz o vereador Alfredo Cavalcante (PT). O grupo deve enviar uma representação à Promotoria.

OUTRO LADO
 
O Serviço Funerário do Município informou, por meio de nota, que deve fazer um convênio com a Secretaria da Segurança Pública do Estado para definir as responsabilidades de cada órgão no transporte dos corpos.
O órgão prometeu, sem dar prazo, que depois disso será possível ampliar a frota, "passando de quatro para cinco ou mais veículos".
Segundo a nota do Serviço Funerário, todos os veículos do setor que atuam na remoção e transporte de corpos foram "especialmente adaptados" para isso.
Sobre a espera, o serviço disse ser "importante ressaltar que o trâmite tem início na elaboração do boletim de ocorrência pela Polícia Civil, que define se o recolhimento do corpo da pessoa será feito pelo Instituto Médico Legal ou pelo Serviço de Verificação de Óbito".

Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa

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