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domingo, 2 de dezembro de 2012

+/- 70 CARROS FUNERÁRIOS EM PROTESTO

Cerca de setenta carros funerários participaram hoje, no Porto, numa marcha lenta de protesto contra a proposta de decreto-lei que abre o sector às associações mutualistas, que estão isentas de impostos.
Organizado pela Associação dos Agentes Funerários de Portugal (AAFP), a manifestação terminou no Governo Civil do Porto, onde entregaram, simbolicamente, uma urna de cinzas. "É o local certo para depositar as cinzas deste projecto-lei", disse aos jornalistas o presidente da associação, João Barbosa, criticando, também a possibilidade de as funerárias administrarem e gerirem os cemitérios.



No final do protesto, João Barbosa manifestou-se convicto de que o Governo "vai recuar e repensar" o actual projecto-lei e "reeditar" um novo diploma. Relativamente ao facto de a AAFP não ter contado com o apoio das outras duas associações do sector, João Barbosa desvalorizou, afirmando que tal se deve ao facto de a associação que dirige estar "um passo à frente".

"A outra associação [Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL)] ainda está a dialogar, nós já estamos um bocado mais à frente, porque já passamos essa fase. Em relação à outra [Associação Portuguesa dos Profissionais do Sector Funerário (APPSF)], nós não a consideramos representativa além da empresa [Servilusa]", frisou.

Nuno Monteiro, da ANEL, afirmou que, "apesar de concordar com os motivos da manifestação, ainda espera uma resposta da Secretaria de Estado da Economia".

O director comercial da Servilusa, a maior agência funerária a operar em Portugal, com uma quota de mercado de 5,5 por cento, criticou a "marcha silenciosa". "É uma questão de protagonismo. A contestação à nova lei é um erro", disse Paulo Carreira, que é simultaneamente presidente da Associação Portuguesa dos Profissionais do Sector Funerário (APPSF), a única associação do sector que aceita e concorda na sua totalidade com a nova proposta de decreto-lei apresentada pela Direcção Geral das Actividade Económicas (DGAE).

No caso da APPSF, João Barbosa considerou que "poderá ter havido alguma contrapartida, além do facto de a empresa pretender explorar os cemitérios", o que, considerou, "vai provocar uma inflação de preços". Defendeu ainda que a "concorrência é correcta desde que leal" e que, nesse sentido, "ou se aplicam as mesmas taxas às associações mutualistas ou se retiram às outras empresas".

Fonte: http://publico.pt

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